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No próximo dia 25 de janeiro de 2015, domingo, o poder público, instituições de educação e cultura e a imprensa irão promover a comemoração de aniversário da maior cidade da América Latina: os 461 anos de construção de cidade de São Paulo. A festa, contudo, esconde uma verdade histórica, que é necessária denunciar, a política de genocídio em desenvolvimento.
O conceito de Genocídio significa o plano coordenado de ações objetivando a destruição dos alicerces fundamentais da vida de grupos nacionais com o fim de aniquilar uma população, segundo o judeu polonês Lemkin (1959), considerada inimigo do Estado ou da nação. Historicamente, genocídios justificaram-se sob o lema da defesa da identidade nacional, da raça, da religião, ou em razão de diferenças étnicas, políticas e sociais, como o genocídio cambojano (1975 e 1979), o genocídio em Ruanda (1994), o genocídio na Bósnia (1995), o genocídio na Guerra do Paraguai e o Holocausto Judeu (II Guerra Mundial).
E por que é possível dizer que há um genocídio no Brasil?
Não há dados nem relatos que demonstrem práticas de extermínio sistemáticas de descendentes de italianos, alemães, judeus e outros, no Brasil, por exemplo. Mas há, sim, uma realidade de constantes mortes de jovens nas periferias da cidade motivadas pelas ações da polícia (de farda ou em grupos de extermínio), e do crescente encarceramento dessa população, em razão, muitas vezes, de flagrantes forjados e da conduta arbitrária do Poder Judiciário, que decide quem é ou não é traficante.
A juventude preta, pobre e periférica é a principal vítima dos casos de homicídio do município, do Estado e do País. Chacinas e assassinatos promovidos por homens encapuzados em motos são cenas frequentes nas periferias de São Paulo. Todos os dias jovens são alvejados pela Polícia Militar em supostos confrontos sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas.
Também outras instituições, como as de ensino superior, contribuem para promover formas de exclusão e não de garantia de direitos. Além da precariedade da vida, são a Letalidade Policial e o Encarceramento em Massa duas grandes estratégias de genocídio promovidas atualmente na cidade de São Paulo e pelos interessados em sua perpetuação.
Neste sentido, o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica irá promover um ato no mesmo dia, para debater e denunciar tal realidade. O tema do ato é a denúncia dos ‘461 anos de genocídio’ e a comemoração dos 180 anos da revolução malê – uma importante rebelião ocorrida em janeiro de 1835, em Salvador, promovida por negros escravos ou libertos das mais variadas culturas e procedências africanas, dentre as quais haussas e nagôs, de origem islâmica. Essa revolta, contra a escravidão e a imposição do catolicismo, significou uma mudança nas formas de resistência, substituindo as estratégias de fugas, crimes contra feitores ou suicídio pela tomada do poder.
A concentração e as atividades do ato ocorrerão na praça da Sé a partir das 9h da manhã, com apresentação musical (RAP), poesias e falas de conscientização – o microfone estará aberto para quem quiser falar algo sobre o tema.
Um blog sobre os pensamentos e ações do grupo de rap Insurreição CGPP. Aqui se encontram os textos produzidos, notícias do grupo, letras de rap, clipes e traduções. Além de indicações de leituras, notas e trechos de textos literários, acadêmicos, políticos e de rap. Membro atual: Fuca
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Ato em memória dos 22 anos do Massacre do Carandiru
São Paulo, 02 de
outubro de 2014
Ato em memória dos 22 anos do Massacre do Carandiru
No Brasil os direitos humanos são violados em
diversos poderes, estruturas e instituições, a população precisa repudiar
ativamente essa política genocida contra a população preta, pobre e periférica,
exigindo que apareçam os responsáveis do Massacre do Carandiru. É preciso que
TODOS os envolvidos sejam de fato punidos, muito sangue foi derramado, muitos
tiros foram disparados, e sabemos quem matou e quem morreu. De acordo com a
divulgação oficial foram 111 aprisionados assassinados pela policia que invadiu
o Pavilhão 9 com metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas. Das 111 vítimas
89 ainda estavam aguardando uma sentença definitiva, 51 não tinham completado
25 anos e só 9 tinham pena acima de 20 anos. O pavilhão 9 era especifico para
réus primários com muitos jovens condenados por crime contra o patrimônio.
Passaram-se 22 anos e ninguém está preso, na época
não foi movida sequer uma punição administrativa disciplinar contra os
policiais, esse ano o julgamento ocorreu e eles foram condenados, mas ainda
estão livres gozando de aposentadoria, e de promoções de cargos. Não temos uma
“autoridade” responsável por essa ação, o que temos é a continuidade do plano
de extermínio do Estado de São Paulo nas periferias contra a juventude preta.
Não existe pena de morte no Brasil, mas ela é
decretada sumariamente pelo Estado. Precisamos de um plano de segurança
pública, vindo de todas as instâncias do Estado brasileiro, que não tenha como
principais eixos a ainda maior militarização da sociedade, a repressão, o
encarceramento em massa e execuções da juventude preta, pobre e periférica.
120 policiais foram acusados, 84 por homicídios
qualificados e 32 por provocar lesões corporais, sendo que este último já
prescreveu. O Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica
jamais aceitará essa impunidade dos mandantes e dos que executaram o massacre,
ninguém deve aceitar essa ação como se nada de errado tivesse acontecido. Pela
prisão dos condenados e pela indenização das famílias vitimadas.
- Segue a lista com nomes dos policiais acusados e
IMPUNES:
Carlos Alberto dos Santos – Carlos Alberto Siqueira
– Haroldo Wilson de Mello – Luiz Antonio Alves – Marcelo Gonzales Marques –
Pedro Laio Morais Ribeiro – Roberto Alberto da Silva – Roberto Alves de Paiva –
Roberto do Carmo Filho – Valter Ribeiro da Silva – Zaqueu Teixeira – Eno
Aparecido Carvalho Leite – Marcos Antonio de Medeiros – Sandro Francisco de
Oliveira – Valquimar Souza Gomes – Antonio Aparecido Roberto Gonçalves – José
Luiz Raymundo – Roberto Yoshio Yoshikado – Antonio Luiz Aparecido Marangoni –
Joel Cantilio Dias – Marcelo de Oliveira Cardoso – José Carlos do Prado –
Fernando Trindade – Edson Pereira Campos – Armando da Silva Moreira – Mauro
Gomes de Oliveira – Algemiro Cândido – Walmir Correa Leite – Cirineu Carlos
Letang Silva – Wanderley Mascarenhas de Souza – Valmir Carrascoza – Sidnei
Serafim dos Anjos – Luiz Nakaharada – Valter Alves de Mendonça – Ronaldo
Ribeiro dos Santos – Arivaldo Sérgio Salgado – Aércio Dornelas Santos –
Salvador Modesto Madia – Eduardo Espósito – Maurício Marchese Rodrigues – Luiz
Antonio Alves Tavares – Wlandekis Antonio Candido Silva – Pedro Paulo de
Oliveira Marques – Carlos do Carmo Brígido Silva – Celso Machado Cavalcante –
Gervásio Pereira dos Santos Filho – Reginaldo Honda – Silvio Nascimento Sabino
– Raphael Rodrigues Pontes – Antonio mauro Scarpa – Osvaldo P. – Alex Morello
Fernandes – Benjamin Yoshida de Souza – Flavio Z. Haensel – Marcos H. – Marcos
do Nascimento Pina – Jeferson Ferreira dos Santos – Cleginaldo Roberto da Silva
– José Roberto de Jesus – Julio Cesar Azevedo – Leandro de J. Menezes – Marcos
Antonio Santos Ferreira – Ítalo Del Nero Junior – Hercules A. – Wilson Brandão
Parreira Filho – Antonio Chiari – Edson Faroro – José Luiz Soares Continho –
Armando Rafael de Araújo – Gerson dos Santos Rezende – Raul de Mendenço Junior
– Cleudir F. Nardo – Raimundo Silva Filho – Marcos Cabral Marinho de Moura –
Sérgio de Souza Merlo – Luiz Carlos Pereira Martins – Eder Franco D’avila –
Nivaldo Cesar restivo – Hideo Augusto Dendini – Carlos Botelho Lourenço –
Alexandre Atala Bondezan – Conrado Milton Zácara Junior – Marcio Streifinger –
Raul Santo de oliveira – Luiz Roberto Miranda Junior – Silvio Roberto Villar
Dias – Rogério Ramos Batista – Ernesto Puglia Neto – Cláudio Cesar de Oliveira
– Leandro Pavani Agostini – Fernando César Lorencini – Jackson Dorta de Toledo
– Arnaldo Fernandes Ribeiro – Alcenor Carlos Carvalho Rocha – João Rafael de
Oliveira Filho – Jose Roberto Saldanha – Silvio de Sá Dantas – Douglas Martins
Barbosa – José Carlos Ferreira – Aparecido Jose da Silva – Jair Aparecido Dias
dos Santos – Ariovaldo dos Santos Cruz – Paulo E. de Melo – Martin C. Lopes –
Paulo Eduardo Farias – Tarcisio pereira – Marcelo José de L. – Josenildo
Rodrigues Liberal – Sergio C. Leite – Marcos Ricardo P. – Luiz Augusto g. –
Silvério Benjamin da Silva – Elder T. – Walter Tadeu Andrade de Assis – Martin
heber Frederico Junior – Roberto L. Soares Penna – Luciano W. Bonani – Salvador
S.
- Lista das vítimas do Massacre do Carandiru:
Adalberto Oliveira dos Santos; Adão Luiz Ferreira de
Aquino; Adelson Pereira de Araujo; Alex Rogério de Araujo; Alexandre Nunes
Machado da Silva; Almir Jean Soares; Antonio Alves dos Santos; Antonio da Silva
Souza; Antonio Luiz Pereira; Antonio Quirino da Silva; Carlos Almirante Borges
da Silva; Carlos Antonio Silvano Santos; Carlos Cesar de Souza; Claudemir
Marques; Claudio do Nascimento da Silva; Claudio José de Carvalho; Cosmo
Alberto dos Santos; Daniel Roque Pires; Dimas Geraldo dos Santos; Douglas Edson
de Brito; Edivaldo Joaquim de Almeida; Elias Oliveira Costa; Elias Palmiciano;
Emerson Marcelo de Pontes; Erivaldo da Silva Ribeiro; Estefano Mard da Silva
Prudente; Fabio Rogério dos Santos; Francisco Antonio dos Santos; Francisco
Ferreira dos Santos; Francisco Rodrigues; Genivaldo Araujo dos Santos; Geraldo
Martins Pereira; Geraldo Messias da Silva; Grimario Valério de Albuquerque;
Jarbas da Silveira Rosa; Jesuino Campos; João Carlos Rodrigues Vasques; João
Gonçalves da Silva; Jodilson Ferreira dos Santos; Jorge Sakai; Josanias
Ferreira de Lima; José Alberto Gomes Pessoa; José Bento da Silva; José Carlos
Clementino da Silva; José Carlos da Silva; José Carlos dos Santos; José Carlos
Inojosa; José Cícero Angelo dos Santos; José Cícero da Silva; José Domingues Duarte;
José Elias Miranda da Silva; José Jaime Costa e Silva; José Jorge Vicente; José
Marcolino Monteiro; José Martins Vieira Rodrigues; José Ocelio Alves Rodrigues;
José Pereira da Silva; José Ronaldo Vilela da Silva; Josue Pedroso de Andrade;
Jovemar Paulo Alves Ribeiro; Juares dos Santos; Luiz Cesar Leite; Luiz Claudio
do Carmo; Luiz Enrique Martin; Luiz Granja da Silva Neto; Mamed da Silva;
Marcelo Couto; Marcelo Ramos; Marco Antonio Avelino Ramos; Marco Antonio
Soares; Marcos Rodrigues Melo; Marcos Sérgio Lino de Souza; Mario Felipe dos
Santos; Mario Gonçalves da Silva; Mauricio Calio; Mauro Batista Silva; Nivaldo
Aparecido Marques de Souza; Nivaldo Barreto Pinto; Nivaldo de Jesus Santos;
Ocenir Paulo de Lima; Olivio Antonio Luiz Filho; Orlando Alves Rodrigues;
Osvaldino Moreira Flores; Paulo Antonio Ramos; Paulo Cesar Moreira; Paulo
Martins Silva; Paulo Reis Antunes; Paulo Roberto da Luz; Paulo Roberto
Rodrigues de Oliveira; Paulo Rogério Luiz de Oliveira; Reginaldo Ferreira
Martins; Reginaldo Judici da Silva; Roberio Azevedo da Silva; Roberto Alves
Vieira; Roberto Aparecido Nogueira; Roberto Azevedo Silva; Roberto Rodrigues
Teodoro; Rogério Piassa; Rogério Presaniuk; Ronaldo Aparecido Gasparinio;
Samuel Teixeira de Queiroz; Sandoval Batista da Silva; Sandro Rogério Bispo;
Sérgio Angelo Bonane; Tenilson Souza; Valdemir Bernardo da Silva; Valdemir
Pereira da Silva; Valmir Marques dos Santos; Valter Gonçalves Gaetano; Vanildo
Luiz; Vivaldo Virculino dos Santos...
COMITÊ CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE PRETA, POBRE
E PERIFÉRICA.
Ato na Câmara Municipal de São Paulo – 02 de outubro
de 2014.
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