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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

3º Ato Contra o Genocídio do Povo Preto

Confirme presença: https://www.facebook.com/events/1542528749343910/?pnref=story

No próximo dia 25 de janeiro de 2015, domingo, o poder público, instituições de educação e cultura e a imprensa irão promover a comemoração de aniversário da maior cidade da América Latina: os 461 anos de construção de cidade de São Paulo. A festa, contudo, esconde uma verdade histórica, que é necessária denunciar, a política de genocídio em desenvolvimento.

O conceito de Genocídio significa o plano coordenado de ações objetivando a destruição dos alicerces fundamentais da vida de grupos nacionais com o fim de aniquilar uma população, segundo o judeu polonês Lemkin (1959), considerada inimigo do Estado ou da nação. Historicamente, genocídios justificaram-se sob o lema da defesa da identidade nacional, da raça, da religião, ou em razão de diferenças étnicas, políticas e sociais, como o genocídio cambojano (1975 e 1979), o genocídio em Ruanda (1994), o genocídio na Bósnia (1995), o genocídio na Guerra do Paraguai e o Holocausto Judeu (II Guerra Mundial).
E por que é possível dizer que há um genocídio no Brasil?
Não há dados nem relatos que demonstrem práticas de extermínio sistemáticas de descendentes de italianos, alemães, judeus e outros, no Brasil, por exemplo. Mas há, sim, uma realidade de constantes mortes de jovens nas periferias da cidade motivadas pelas ações da polícia (de farda ou em grupos de extermínio), e do crescente encarceramento dessa população, em razão, muitas vezes, de flagrantes forjados e da conduta arbitrária do Poder Judiciário, que decide quem é ou não é traficante.

A juventude preta, pobre e periférica é a principal vítima dos casos de homicídio do município, do Estado e do País. Chacinas e assassinatos promovidos por homens encapuzados em motos são cenas frequentes nas periferias de São Paulo. Todos os dias jovens são alvejados pela Polícia Militar em supostos confrontos sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas.

Também outras instituições, como as de ensino superior, contribuem para promover formas de exclusão e não de garantia de direitos. Além da precariedade da vida, são a Letalidade Policial e o Encarceramento em Massa duas grandes estratégias de genocídio promovidas atualmente na cidade de São Paulo e pelos interessados em sua perpetuação.

Neste sentido, o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica irá promover um ato no mesmo dia, para debater e denunciar tal realidade. O tema do ato é a denúncia dos ‘461 anos de genocídio’ e a comemoração dos 180 anos da revolução malê – uma importante rebelião ocorrida em janeiro de 1835, em Salvador, promovida por negros escravos ou libertos das mais variadas culturas e procedências africanas, dentre as quais haussas e nagôs, de origem islâmica. Essa revolta, contra a escravidão e a imposição do catolicismo, significou uma mudança nas formas de resistência, substituindo as estratégias de fugas, crimes contra feitores ou suicídio pela tomada do poder.

A concentração e as atividades do ato ocorrerão na praça da Sé a partir das 9h da manhã, com apresentação musical (RAP), poesias e falas de conscientização – o microfone estará aberto para quem quiser falar algo sobre o tema.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ato em memória dos 22 anos do Massacre do Carandiru

    
São Paulo, 02 de outubro de 2014

   
Ato em memória dos 22 anos do Massacre do Carandiru
No Brasil os direitos humanos são violados em diversos poderes, estruturas e instituições, a população precisa repudiar ativamente essa política genocida contra a população preta, pobre e periférica, exigindo que apareçam os responsáveis do Massacre do Carandiru. É preciso que TODOS os envolvidos sejam de fato punidos, muito sangue foi derramado, muitos tiros foram disparados, e sabemos quem matou e quem morreu. De acordo com a divulgação oficial foram 111 aprisionados assassinados pela policia que invadiu o Pavilhão 9 com metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas. Das 111 vítimas 89 ainda estavam aguardando uma sentença definitiva, 51 não tinham completado 25 anos e só 9 tinham pena acima de 20 anos. O pavilhão 9 era especifico para réus primários com muitos jovens condenados por crime contra o patrimônio.
Passaram-se 22 anos e ninguém está preso, na época não foi movida sequer uma punição administrativa disciplinar contra os policiais, esse ano o julgamento ocorreu e eles foram condenados, mas ainda estão livres gozando de aposentadoria, e de promoções de cargos. Não temos uma “autoridade” responsável por essa ação, o que temos é a continuidade do plano de extermínio do Estado de São Paulo nas periferias contra a juventude preta.
Não existe pena de morte no Brasil, mas ela é decretada sumariamente pelo Estado. Precisamos de um plano de segurança pública, vindo de todas as instâncias do Estado brasileiro, que não tenha como principais eixos a ainda maior militarização da sociedade, a repressão, o encarceramento em massa e execuções da juventude preta, pobre e periférica.
120 policiais foram acusados, 84 por homicídios qualificados e 32 por provocar lesões corporais, sendo que este último já prescreveu. O Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica jamais aceitará essa impunidade dos mandantes e dos que executaram o massacre, ninguém deve aceitar essa ação como se nada de errado tivesse acontecido. Pela prisão dos condenados e pela indenização das famílias vitimadas.

- Segue a lista com nomes dos policiais acusados e IMPUNES:

Carlos Alberto dos Santos – Carlos Alberto Siqueira – Haroldo Wilson de Mello – Luiz Antonio Alves – Marcelo Gonzales Marques – Pedro Laio Morais Ribeiro – Roberto Alberto da Silva – Roberto Alves de Paiva – Roberto do Carmo Filho – Valter Ribeiro da Silva – Zaqueu Teixeira – Eno Aparecido Carvalho Leite – Marcos Antonio de Medeiros – Sandro Francisco de Oliveira – Valquimar Souza Gomes – Antonio Aparecido Roberto Gonçalves – José Luiz Raymundo – Roberto Yoshio Yoshikado – Antonio Luiz Aparecido Marangoni – Joel Cantilio Dias – Marcelo de Oliveira Cardoso – José Carlos do Prado – Fernando Trindade – Edson Pereira Campos – Armando da Silva Moreira – Mauro Gomes de Oliveira – Algemiro Cândido – Walmir Correa Leite – Cirineu Carlos Letang Silva – Wanderley Mascarenhas de Souza – Valmir Carrascoza – Sidnei Serafim dos Anjos – Luiz Nakaharada – Valter Alves de Mendonça – Ronaldo Ribeiro dos Santos – Arivaldo Sérgio Salgado – Aércio Dornelas Santos – Salvador Modesto Madia – Eduardo Espósito – Maurício Marchese Rodrigues – Luiz Antonio Alves Tavares – Wlandekis Antonio Candido Silva – Pedro Paulo de Oliveira Marques – Carlos do Carmo Brígido Silva – Celso Machado Cavalcante – Gervásio Pereira dos Santos Filho – Reginaldo Honda – Silvio Nascimento Sabino – Raphael Rodrigues Pontes – Antonio mauro Scarpa – Osvaldo P. – Alex Morello Fernandes – Benjamin Yoshida de Souza – Flavio Z. Haensel – Marcos H. – Marcos do Nascimento Pina – Jeferson Ferreira dos Santos – Cleginaldo Roberto da Silva – José Roberto de Jesus – Julio Cesar Azevedo – Leandro de J. Menezes – Marcos Antonio Santos Ferreira – Ítalo Del Nero Junior – Hercules A. – Wilson Brandão Parreira Filho – Antonio Chiari – Edson Faroro – José Luiz Soares Continho – Armando Rafael de Araújo – Gerson dos Santos Rezende – Raul de Mendenço Junior – Cleudir F. Nardo – Raimundo Silva Filho – Marcos Cabral Marinho de Moura – Sérgio de Souza Merlo – Luiz Carlos Pereira Martins – Eder Franco D’avila – Nivaldo Cesar restivo – Hideo Augusto Dendini – Carlos Botelho Lourenço – Alexandre Atala Bondezan – Conrado Milton Zácara Junior – Marcio Streifinger – Raul Santo de oliveira – Luiz Roberto Miranda Junior – Silvio Roberto Villar Dias – Rogério Ramos Batista – Ernesto Puglia Neto – Cláudio Cesar de Oliveira – Leandro Pavani Agostini – Fernando César Lorencini – Jackson Dorta de Toledo – Arnaldo Fernandes Ribeiro – Alcenor Carlos Carvalho Rocha – João Rafael de Oliveira Filho – Jose Roberto Saldanha – Silvio de Sá Dantas – Douglas Martins Barbosa – José Carlos Ferreira – Aparecido Jose da Silva – Jair Aparecido Dias dos Santos – Ariovaldo dos Santos Cruz – Paulo E. de Melo – Martin C. Lopes – Paulo Eduardo Farias – Tarcisio pereira – Marcelo José de L. – Josenildo Rodrigues Liberal – Sergio C. Leite – Marcos Ricardo P. – Luiz Augusto g. – Silvério Benjamin da Silva – Elder T. – Walter Tadeu Andrade de Assis – Martin heber Frederico Junior – Roberto L. Soares Penna – Luciano W. Bonani – Salvador S.

- Lista das vítimas do Massacre do Carandiru:

Adalberto Oliveira dos Santos; Adão Luiz Ferreira de Aquino; Adelson Pereira de Araujo; Alex Rogério de Araujo; Alexandre Nunes Machado da Silva; Almir Jean Soares; Antonio Alves dos Santos; Antonio da Silva Souza; Antonio Luiz Pereira; Antonio Quirino da Silva; Carlos Almirante Borges da Silva; Carlos Antonio Silvano Santos; Carlos Cesar de Souza; Claudemir Marques; Claudio do Nascimento da Silva; Claudio José de Carvalho; Cosmo Alberto dos Santos; Daniel Roque Pires; Dimas Geraldo dos Santos; Douglas Edson de Brito; Edivaldo Joaquim de Almeida; Elias Oliveira Costa; Elias Palmiciano; Emerson Marcelo de Pontes; Erivaldo da Silva Ribeiro; Estefano Mard da Silva Prudente; Fabio Rogério dos Santos; Francisco Antonio dos Santos; Francisco Ferreira dos Santos; Francisco Rodrigues; Genivaldo Araujo dos Santos; Geraldo Martins Pereira; Geraldo Messias da Silva; Grimario Valério de Albuquerque; Jarbas da Silveira Rosa; Jesuino Campos; João Carlos Rodrigues Vasques; João Gonçalves da Silva; Jodilson Ferreira dos Santos; Jorge Sakai; Josanias Ferreira de Lima; José Alberto Gomes Pessoa; José Bento da Silva; José Carlos Clementino da Silva; José Carlos da Silva; José Carlos dos Santos; José Carlos Inojosa; José Cícero Angelo dos Santos; José Cícero da Silva; José Domingues Duarte; José Elias Miranda da Silva; José Jaime Costa e Silva; José Jorge Vicente; José Marcolino Monteiro; José Martins Vieira Rodrigues; José Ocelio Alves Rodrigues; José Pereira da Silva; José Ronaldo Vilela da Silva; Josue Pedroso de Andrade; Jovemar Paulo Alves Ribeiro; Juares dos Santos; Luiz Cesar Leite; Luiz Claudio do Carmo; Luiz Enrique Martin; Luiz Granja da Silva Neto; Mamed da Silva; Marcelo Couto; Marcelo Ramos; Marco Antonio Avelino Ramos; Marco Antonio Soares; Marcos Rodrigues Melo; Marcos Sérgio Lino de Souza; Mario Felipe dos Santos; Mario Gonçalves da Silva; Mauricio Calio; Mauro Batista Silva; Nivaldo Aparecido Marques de Souza; Nivaldo Barreto Pinto; Nivaldo de Jesus Santos; Ocenir Paulo de Lima; Olivio Antonio Luiz Filho; Orlando Alves Rodrigues; Osvaldino Moreira Flores; Paulo Antonio Ramos; Paulo Cesar Moreira; Paulo Martins Silva; Paulo Reis Antunes; Paulo Roberto da Luz; Paulo Roberto Rodrigues de Oliveira; Paulo Rogério Luiz de Oliveira; Reginaldo Ferreira Martins; Reginaldo Judici da Silva; Roberio Azevedo da Silva; Roberto Alves Vieira; Roberto Aparecido Nogueira; Roberto Azevedo Silva; Roberto Rodrigues Teodoro; Rogério Piassa; Rogério Presaniuk; Ronaldo Aparecido Gasparinio; Samuel Teixeira de Queiroz; Sandoval Batista da Silva; Sandro Rogério Bispo; Sérgio Angelo Bonane; Tenilson Souza; Valdemir Bernardo da Silva; Valdemir Pereira da Silva; Valmir Marques dos Santos; Valter Gonçalves Gaetano; Vanildo Luiz; Vivaldo Virculino dos Santos...

COMITÊ CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE PRETA, POBRE E PERIFÉRICA.
Ato na Câmara Municipal de São Paulo – 02 de outubro de 2014.