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segunda-feira, 23 de junho de 2014

A beleza nos salões

Minha sociedade é outra, nem tenta enfiar esse lixo de adaptação mecânica da realidade dos países centrais do capitalismo na vida do gueto. Aqui faço discurso antiplayboy pra denunciar a branquitude.

Por Miguel Ângelo

Ninguém tá curtindo viver no inferno com todos os dispositivos de controle e dominação do povo preto. Tem gente alimentando com o próprio sangue os lucros do capital financeiro, mas tem ainda umas paradas bem mais sofisticadas, como os salões de beleza. Lá a povo preto vai se embranquecer focando a missão de ser aquilo que a foto que todos os salões de beleza da periferia apresentam na porta,
Foto: Google imagens

jovens arianos. Sim, no final das contas usa-se uma boa parcela do salário para a manutenção de uma aparência embranquecida para sustentar o emprego e uma sociabilidade imposta pelo sistema que vê no preto o medo. Então a galera trampa e trampa mas nunca se aposenta né? Fato, nunca vi nosso povo se aposentando bem (pensa a geração que veio depois da reforma de 2003), salário mínimo se tiver sorte e conseguir convencer a madame racista que pagava uma miséria para sua mãe, tia, vó, prima (pq não irmã?) limpar o vaso sanitário, ok? Pois sua mãe começou a trabalhar na casa daquela família branca aos 12 anos e quando saiu aos 40, 50, 60 (80 também!) ela descobre que eles
Foto: Google imagens

registravam dois meses depois davam baixa e depois recontratava, mas quem não entende de leis e muito menos de leitura descobriu isso meio tarde. Talvez ela nem fique nervosa, afinal essas pessoas gostam de lhe dar bugigangas usadas, né? Tipo um micro-ondas que pode explodir a qualquer momento ou um Nike meio rasgado que seu filho sempre quis ter. 


Essa é a diferença de falar “com” e não “por”;)