quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Ato Contra o Genocídio nas Periferias - Munhoz Jr - Osasco SP

De imaginar que um dia vivos ali transitavam
No outro dia o sangue deles com o rodo puxavam
Em outro o que resta é a memória, homenagem e indignação!


Ato: Contra o Genocídio nas Periferias - Munhoz Jr - Osasco SP

O ato do dia 16/08/15 não foi na Paulista, foi em Osasco pelas vitimas de mais uma chacina no estado de São Paulo, segundo as investigações, com fortes indícios de autoria da PM.

Contra o Genocídio do Povo Preto, Pobre e Periférico!

Fotos:













Ato Mogi Pela Juventude 15/08/2015

Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica
Ato: Mogi Pela Juventude 15/08/2015


O Movimento Mogi pela Juventude é uma iniciativa de várias entidades e movimentos da sociedade civil MOGIANA indignada com o processo de extermínio que vitimiza a juventude NEGRA, POBRE e PERIFÉRICA brasileira.

De 21 de Novembro de 2014 a 08 de julho de 2015, foram registradas 6 CHACINAS em MOGI DAS CRUZES, nas quais 21 jovens foram brutalmente assassinados à bala e mais 12 jovens foram baleados e ficaram gravemente feridos. As CHACINAS foram nos seguintes bairros de Mogi das Cruzes: Vila Natal, Vila Brasileira, Jundiapeba, Caputera, Jardim Universo, Vila Nova União e Conjunto do Bosque. E, pasmem algumas à luz do dia. Indignamo-nos e NÃO aceitamos que a vida de adolescentes e jovens seja interrompida drasticamente e de forma violenta! NÃO aceitamos a omissão e/ou cumplicidade dos poderes públicos.

Desde o primeiro massacre, as famílias das vítimas, com o apoio da Cúria Diocesana, de ONGs, Movimentos, Entidades Sindicais e de Partidos Políticos vêm fazendo manifestação e pressão junto às autoridades policiais, Ministério Público buscando Justiça. Defendemos que os responsáveis por essa violação brutal dos Direitos Humanos sejam punidos. Até o momento não há nenhuma resposta concreta e efetiva.

A demora inexplicável abre espaço para a impunidade. Esses assassinatos de jovens pobres não vão parar por aí, pois temos os exemplos de outras cidades. Portanto, nós, Mogianos, precisamos sair às ruas para defender e nos solidarizar com os familiares que tiveram os filhos assassinados. Não podemos nos calar diante de mais essa bárbara injustiça que ameaça e extermina a nossa juventude! O que está ocorrendo em Mogi das Cruzes é parte de um plano. Em nome do dito combate ao tráfico de drogas e do crime organizado, grupos com a participação de agentes públicos chacinam jovens pobres e negros nas periferias de nossas cidades.

"Em 2012, 56.337 mil pessoas morreram vítimas de homicídio no Brasil, 30.072 eram jovens de 15 a 29 anos. Destes, 77% eram negros (pretos e pardos) e 93,3% eram homens, aponta o Mapa da Violência 2014.

O alto índice de letalidade policial também é um dado muito preocupante no Brasil. De acordo com o 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os policiais brasileiros mataram, em serviço e fora, 11.197 pessoas em 5 anos, uma média de seis por dia. Enquanto nos Estados Unidos, nos últimos 30 anos, foram 11.090 mortos, média de uma pessoa por dia. Isso representa que a policia brasileira matou 6 vezes mais do que a dos EUA. No relatório da ONU de 2014 sobre Prevenção Global da Violência, o Brasil foi responsável por 10% de todos os homicídios do mundo, e dos 133 países pesquisados possui o maior número de jovens mortos.

No estado de São Paulo, as mortes cometidas por policiais civil e militar bateram recorde, foram 413 pessoas mortas só no 1º semestre de 2015, 74 a mais do que no mesmo período em 2014. Lembrando que são números oficiais da Secretária de Segurança Pública e não entram as chacinas onde há fortes indícios de policiais envolvidos nas execuções, os chamados Grupos de Extermínio."

Não bastasse fazer dos nossos jovens vítimas dessa violência brutal, ainda o Congresso Brasileiro numa atitude antidemocrática e conservadora quer atacar nosso Constituição Cidadã e o Estatuto da Criança e do Adolescente propondo a redução da maioridade penal para 16 anos.

Essa mudança na lei, através da PEC 171/93, vai levar a que nossos jovens que cometam ato infracional sejam jogados nas cadeias, onde com certeza não serão reeducados e sairão pior do que entraram. A REDUÇÃO NÃO É A SOLUÇÃO!

A solução para tantos problemas está na atenção integral à criança e ao adolescente para acolhê-lo e educá-lo, através de políticas públicas que possam dar uma perspectiva de futuro a esses jovens.

Por tudo isso, estamos nas ruas de Mogi para informar e conclamar todos os cidadãos Mogianos a ficarem alertas! Amanhã, as vítimas podem ser seus filhos, seus netos, seus sobrinhos, seus vizinhos e seus conhecidos!

- DIGA NÃO À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL!

- DIGA NÃO AO EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA E PERIFÉRICA!

- MAIS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA JUVENTUDE!

- PELA IMPLANTAÇÃO TOTAL DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE!

Assinam:
CONSELHO MUNICIPAL DA JUVENTUDE, NÚCLEO APRENDIZ DO FUTURO, CÚRIA DIOCESANA DE MOGI, PASTORAL DA JUVENTUDE, CMDCA, FMDDCA., APEOESP, ONG MAKAÚBA, UNEGRO, CUT, SINDICATOS DO PAPEL, SINDICATO DOS BANCÁRIOS, SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS AMDEM– ASSOCIAÇÃO MOGICRUZENSE DE DEFESA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, VEREADOR IDUIGUES – PRESIDENTE DA COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS, PESSOA COM DEFICIÊNCIA, IGUALDADE RACIAL, CRIANÇA E ADOLESCENTE, JUVENTUDE E IDOSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES, COLETIVO DE MULHER E GÊNERO DE MOGI DAS CRUZES E REGIÃO – COLETIVO DE MULHERES DO PT DE MOGI DAS CRUZES - DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES – DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PSOL – COMITÊ CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE PRETA, POBRE E PERIFÉRICA – ASSOCIAÇÃOFÓRUM MOGIANO LGBT.

Fotos:



















quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Cine Mariquinha e Cine Gueto Itinerante- 10/08/2015

Exibição do documentário "Quando eu me chamar saudade" e um bate papo sobre a violência policial, principalmente sua letalidade que atinge a população preta e das periferias, de como o sistema se articula para encobrir essas mortes e contribuir para que os autores saiam impunes e condecorados.

Teve a presença dos produtores do documentário, dxs ativistas da Associação Casa Mariquinha e do Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica!

Toda Solidariedade aos familiares das vítimas!

Fotos:



Audiência Pública em Itaquaquecetuba - 05/08/2015.

A audiência ocorreu no dia 05/08/2015 na câmara municipal de Itaquaquecetuba. Teve a presença e os relatos das vítimas, amigos e familiares das vítimas sobre a questão da violência policial, sobretudo as mortes cometidas por policiais nas "resistências seguida de morte" e também ataques de grupos de extermínio. Audiência puxada pelo Condepe e contou com a presença dos vereadores da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, com a Ouvidoria das policias e com o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica!

Fotos:






terça-feira, 4 de agosto de 2015

Evento pela Implementação da Casa Hip Hop SP

Ontem, 1º de agosto, ocorreu o evento visando a implementação das casas de Hip Hop na cidade de São paulo. O evento foi chamado pelo Fórum de Hip Hop MSP, que há anos já enviou e protocolou as reivindicações, porém permanece o silêncio da prefeitura perante os documentos apresentados. Inclusive, teve uma Audiência Pública em outubro de 2014 que além da leitura e entrega das moções de urgência pautou a criação das casas de Hip Hop sugerindo até os locais com os endereços das quatro regiões da cidade e no centro também.

Com a estratégia de pressionar o poder público, o evento teve apresentações dos 4 elementos do Hip Hop, mas sempre com viés de exigência da implementação oficial da casa de Hip Hop, além do combate ao Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica vigente.

Em março de 2015, na semana/ mês de hip hop, foi falado sobre as casas Hip hop também, e que assim como a semana, fosse um espaço para o Movimento Hip Hop em si e suas várias vertentes, não apenas de um coletivo ou de outro, privilegiando uns em detrimento dos outros.

E assim seguiu-se o evento com a participação das pessoas convidadas e com espaço para as pessoas que transitavam e tivessem o desejo de se expressar, mas faltou um convidado "especial"(?), o prefeito Haddad.

 

O prefeito não compareceu pessoalmente, mas seus representantes colaram, A Guada Civil Metropolitana (GCM.), que ordenou que o evento acabasse ali, rejeitando até a apresentação do decreto 52.504/2011 e se resguardando de outro decreto em sua prancheta.

Infelizmente, mais uma vez, essa foi a resposta que as pretas e pretos, que as periféricas e periféricos, que o Hip Hop teve. Policia e mais policia, seja a nível estadual ou municipal a lógica é a mesma, umas com um requinte maior de sadismo e maldade. Infelizmente, mais uma vez, esse foi o contato com o poder público que vem dialogar em forma de policia. Um dialogo que traz um baita preju pro nosso povo, só no estado de SP a policia do Alckmin matou mais de 400 pessoas no primeiro semestre de 2015, mais de 210 mil pessoas estão encarceradas, pessoas em situação de rua sendo espancadas, tendo seus pertences levados ou queimados, etc...

Umas das maiores capitais do mundo não ter uma casa de hip hop é um absurdo, queremos o devido valor a nossa cultura!

Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica!


Fotos: