terça-feira, 24 de junho de 2014

A ação terrorista com base na cor

Por Miguel Ângelo

Sua nação se sustenta na hierarquia racial para progredir o projeto genocida. A cor da pele é o motivo pra tomar tiro, condenado a responder a demanda do senhor de engenho trampando no mercado mais forte do capital financeiro que cresce mais que o produtivo e se chama império do pó. O Denarc vai invadir sua casa e arrebentar sua mãe na frente das crianças pretas, vai enfiar agulha embaixo da unha pra droga aparecer e eles abastecerem a franquia do Alckmin. 

Que porra de PCC, organização política que defende os direitos dos presos, que defende a aplicação real da Lei de Execução Penal não é terrorista, a porra do Estado queria o que? Até quando achou que as pessoas iriam decapitar umas as outras para aparecer um cuzão de uma ONG internacional de direitos humanos que ganha dinheiro e cargo político escrevendo sobre a carnificina?

Presta atenção! O salário dos 12 é 800 conto por semana, quanto é o salário mínimo? Se liga, até quem tá no Call Center tá enchendo a cara de pó, ninguém tá escolhendo porra nenhuma nesse país. Quer paz? Que paz é essa que permite as crianças venderem balas de fuzil por 5 reais e as roller pointer por 3, tai o valor da passagem, como que uma merda dessa chega nos muleke e a efetivação do ECA não? 


foto: google
Segurança é vender apólice de seguro antissequestro, andar de blindado com três vermes da ROTA te escoltando, segurança é peneirar a cabeça dos preto, é dar concessão eterna das ruas de SP para a PM. Tá todo mundo vivendo em celas e sendo alimentado com o medo fabricado pelos noticiários que são financiados pela indústria da morte. Segurança é liberar ponto 50 pros verme já que um dia, sabe-se lá quando e como, uma quadrilha de excluídos explodiu um carro forte com uma, mas da onde veio essa merda? Quem fabrica Sig Sauer? Segurança nesse país é testar armamento norte americano e europeu. Na boa, segurança nesse país é dobrar o sistema carcerário e as valas para o povo preto ano a ano.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A beleza nos salões

Minha sociedade é outra, nem tenta enfiar esse lixo de adaptação mecânica da realidade dos países centrais do capitalismo na vida do gueto. Aqui faço discurso antiplayboy pra denunciar a branquitude.

Por Miguel Ângelo

Ninguém tá curtindo viver no inferno com todos os dispositivos de controle e dominação do povo preto. Tem gente alimentando com o próprio sangue os lucros do capital financeiro, mas tem ainda umas paradas bem mais sofisticadas, como os salões de beleza. Lá a povo preto vai se embranquecer focando a missão de ser aquilo que a foto que todos os salões de beleza da periferia apresentam na porta,
Foto: Google imagens

jovens arianos. Sim, no final das contas usa-se uma boa parcela do salário para a manutenção de uma aparência embranquecida para sustentar o emprego e uma sociabilidade imposta pelo sistema que vê no preto o medo. Então a galera trampa e trampa mas nunca se aposenta né? Fato, nunca vi nosso povo se aposentando bem (pensa a geração que veio depois da reforma de 2003), salário mínimo se tiver sorte e conseguir convencer a madame racista que pagava uma miséria para sua mãe, tia, vó, prima (pq não irmã?) limpar o vaso sanitário, ok? Pois sua mãe começou a trabalhar na casa daquela família branca aos 12 anos e quando saiu aos 40, 50, 60 (80 também!) ela descobre que eles
Foto: Google imagens

registravam dois meses depois davam baixa e depois recontratava, mas quem não entende de leis e muito menos de leitura descobriu isso meio tarde. Talvez ela nem fique nervosa, afinal essas pessoas gostam de lhe dar bugigangas usadas, né? Tipo um micro-ondas que pode explodir a qualquer momento ou um Nike meio rasgado que seu filho sempre quis ter. 


Essa é a diferença de falar “com” e não “por”;)

Clip CONTRA O GENOCIDIO DA JUVENTUDE PRETA, POBRE E PERIFÉRICA

Clipe da música CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE PRETA, POBRE E PERIFÉRICA --> Fórum de Hip Hop MSP





sábado, 21 de junho de 2014

Música - Aonde o filho chora e a mãe não vê

Música --> Aonde o filho chora e a mãe não vê, com algumas observações que fiz de acordo com minha interpretação. Pra quem curte o som do Facção e já viaja nessas letra. Essa é o sobre a cadeia e uma rebelião.
Álbum O Espetáculo do Circo dos Horrores - FACÇÃO CENTRAL

O governo não assume o poder paralelo
Diz que um presídio pra cada facção é um privilégio.
Colocou sob o mesmo teto 2 grupos rivais,
Produto inflamável que incendeia a vela em 4 castiçais.
(é o estopim pra mortes, como, por exemplo, nos presídios do estado do Maranhão, o de Pedrinhas)
A rinha foi montada, façam as apostas
Vence o galo que cravar a lâmina da sua espora.
Que grade separa o ódio do judeu pelo o ariano,
Do israelense pelo palestino, do cubano pelo americano?
(o ódio transcende as grades)
Pras câmeras e muros na superfície rochosa,
Preso é o profº Pardal, sempre inventa a fórmula.
(Prof Pardal é um personagem da Walt Disney, tem como característica inventar/criar coisas, um presidiário tenta dar seu jeito também, que se vê a seguir)
Deus deu asas pros falcões, gaivotas, colibris
E Santos Dumont voou com 14 bis. --> (homem tende a criar/copiar algo, inspirado na ação da natureza, dos animais, etc. Ex: As curvas dos extremos do ovo são bem resistentes,  que são copiadas em túnel, fundo de lata de spray, etc.)
Uma glock passou na tapuer de macarronada,
Um carcereiro vai fazer test drive na concessionária.
Amanhã no telhado tem lençol com a nossa sigla,
Mostrando pro brasil o cnpj da nossa firma. --> ( O jeito foi dado, o plano tá feito, tá tudo preparado para a rebelião/ fuga e o confronto com os rivais também)

É hoje o dia, se não teve trairagem
A gente toma a cadeia, 5 horas na contagem.
Já pus minha armadura, guia no peito,
Os cavaleiros afiaram as lanças pra defender seu reino.

Ninguém tira 27 e é presidente igual o Mandela
Por isso sou Antônio conselheiro e canudos minha cela.
( Já se sabe da dificuldade de ser um ex-presidiário numa sociedade que pensa em punir apenas, mas não regenerar, o caso de Nelson Mandela é uma raridade, então resta lutar até a morte se for preciso, como Antonio Conselheiro)
(O plano continua)
Psiu, lá vem o agente desarmado com as chaves,
Que dão acesso as galerias de toda carceragem.
Tática de guerra, um fator surpresa
Cai mirage, patriot, qualquer sistema de defesa.
(Mirage pode ser um avião e patriot um navio/ o líder permanece firme em seu plano, nada o deterá)
(A abordagem)
Clá, clá, sem reação, cadê o resto do plantão?
Rendi mais 6 gambé aposentado vendo televisão.
No corredor a ação fez eco, sinto cheiro de fumaça,
Rival se ligou, pôs colchão em chamas de barricada.
Vejo do guichê, a cela virou forno,
Cusão de coberta molhada luta contra o fogo.

(Agora a ação prossegue na cela da facção rival)
Abre logo a tranca, tira o cadeado
Arrombado quer catar boi morrendo asfixiado.
Vai conhecer a arte marcial que não é do van dame,
Nippon é como seu coração fora do corpo no tatame.
Não chora se vai pagar a via sacra da sua família,
A coroa na vigília com seu nome na cartolina.
Como o estado tem obrigação de garantir sua vida,
Sua morte vai ser indenizada na justiça.
(Já decretou a morte dos rivais, com frieza e ironia falou da indenização pra família e relatou que as mortes serão brutas)
Nesse playland cada um escolhe o brinquedo preferido,
Forca, guilhotina, olho derretido no maçarico.
Crânio vira bola no ritual de sadismo,
Marreta fratura a costela que perfura o intestino.
A morte dá o topo da hierarquia na nossa monarquia,
(Antes essa era a situação dos presídios, quem tinha mais físico e o poder pra matar tinha maior prestígio, mas era algo mais individual e consequentemente instável.Alguns presídios encontram-se mais estáveis hoje, o banho de sangue diminuiu, "os assassinatos, quando ocorrem, se dão por meio do enforcamento, ou, principalmente, pela ingestão forçada de um coquetel de drogas (cocaína) e remédios (viagra) que causa uma parada cardíaca na vítima"*.)
Onde o rei domina do flat ao cômodo da periferia.
Aqui ninguém quer beatificação do papa,
Santa é a mulher com a máscara de ferro, a anastácia.
(Agora, com a rebelião em andamento)
Pelicano, águia 2, águia dourada, globo cop,
Joga um do telhado pro repórter.
A cúpula de segurança mobilizou 2 mil covardes,
1,2,3 batalhões, goe, rota, garra, gate.
Os agentes fazem cordão de mãos dadas,
Sabem que invasão pra carcereiro é caixão de lata.
(Como tem uns agentes de refém, se os policia invadir os reféns morrerão)
(ainda mais que...)
Tem a febre do que de peruca não fugiu com a visita,
Do que não saiu com o falso oficial de justiça.
(Já tem um ódio acumulado contra os carcereiros)
Pro instituto Butantã qual o veneno mais nocivo?
O preso que mata do diretinho ou o roberto marinho?
Sem 1 real pra 3x4 pro documento,
De 308 mil presos reincide 60%.
Cortaram a luz e a água, vai tomar no cú gambé,
Chupa aqui, (mas) o fim do motim não vai ser capa da istoé.
(Motim pode ser insurreição, tumulto, desordem...)(sem negociação, o estado tem que ceder)
Negociador de elite, só temos uma reivindicação,
Espera cair o último inimigo que acaba a rebelião.

(refrão - 4x)
Ratatá, ratatá, o sangue vai escorrer,
Aqui é onde o filho chora bum e a mãe não vê

Outras do facção:
Roleta Macabra FC- letra com observações

http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/roleta-macabra-fc-letra-com-observacoes.html

Música - Homenagem Póstuma - Facção Central
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/musica-homenagem-postuma-faccao-central.html

Música - Tecla Pause - Facção Central

http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/musica-tecla-pause-faccao-central.html




segunda-feira, 9 de junho de 2014

Divino Santo Antonio - Música

Martinho da Vila - Roque Ferreira

Eu vos peço ó Antonio
Em suas trezenas queridas
Que nos lance vossas bençãos
Durante nossa vida 

Sabiá cantou na mata/ Tem mandioca
Lá na casa de farinha/ É farinheiro
Tenho que ir/ Santo Antonio padroeiro 

No rosário de sua trezena
(Ai meu Deus)
Vorto do meio prá trás
(Ai, ai, ai)
Mas vosmicê tem ciência
(Meu Senhor)
Que isso não me apraz 
Plantei cará, cortei cana
Fiz colheita de café
Peneirei fubá de milho
Pro cuscuz do coroné
Mas ele não quer que eu largue
O cabo dessa culé 

Sabiá cantou na mata/ Tem mandioca
Lá na casa de farinha/ É farinheiro
Tenho que ir/ Santo Antonio padroeiro
Nesta sua grande freguesia
(Meu Senhor)
Onde Antonio Conselheiro
(Rezador)
Milagreiro de Canudos (Ai meu Deus)
Rezou bem um terço inteiro 
Meu Divino Santo Antonio
Um carro de boi eu fiz
Pra trazer Mestre Patricio
Da feira dos caxixis
Barranqueiro com carranca
Mas seu coroné não quis 

Sabiá cantou na mata/ Tem mandioca
Lá na casa de farinha/ É farinheiro
Tenho que ir/ Santo Antonio padroeiro
Adeus, adeus, adeus
Adeus meu Santo Antonio
Adeus, adeus, adeus
Adeus, até para o ano



sexta-feira, 6 de junho de 2014

Quando Eu Me Chamar Saudade (Documentário)

Documentário vencedor do EXPOCOM Sudeste 2014 na categoria "Produção Laboratorial de Videojornalismo e Telejornalismo".
No dia 1º de julho de 2012, dois jovens, ambos de 20 anos, foram mortos por policiais militares, na cidade de São Paulo. No boletim de ocorrência, os agentes de segurança pública enquadraram o caso como "resistência seguida de morte", alegando uma suposta troca de tiros durante a abordagem. Essa versão foi contestada pelo pai de uma das vítimas, que empreendeu, por conta própria, uma investigação que culminou na prisão dos PMs envolvidos na morte de seu filho.
Este documentário foi produzido originalmente como trabalho de conclusão do curso de jornalismo, pela Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM).
Lançamento: Dezembro de 2013.
Autores:
Renan Xavier - Lailson Nascimento - Daniel Santos