Segue lançamento: Descolonização Mental.
Uma série de magníficos ensaios de não ficção do escritor queniano Ngūgï wa Thiong'o. Sem dúvida um livro essencial para as pessoas pretas! E publicado por uma Editora Preta Independente.
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A Editora Filhos da África tem como objetivo a circulação de obras pretas e a construção de uma escola de formação para o povo preto - 11 978703640.
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Orelha do livro nesta edição, 2021.
Segundo o escritor queniano Ngũgĩ wa Thiong’o: “O controle
econômico e político de um povo nunca pode ser pleno sem o controle cultural, e
aqui a prática de estudos literários, independentemente de qualquer
interpretação e manejo individual ajustou bem o objetivo e a lógica do sistema como
um todo. Afinal, as universidades e faculdades construídas nas colônias após a
guerra pretendiam produzir uma elite nativa que mais tarde ajudaria a sustentar
o Império”.
Isto é, para o autor desta obra-prima, as culturas brancas,
e mais ainda as línguas e as literaturas europeias, impostas durante a
colonização e deixadas pelos europeus após as lutas de libertação nacional,
ainda hoje são instrumentalizadas pelas antigas metrópoles coloniais, com o auxílio
das elites africanas que servem ao neocolonialismo e ao imperialismo, para
cumprir uma função primordial na lógica de dominação externa e interna dos
povos africanos, principalmente dos camponeses, trabalhadores explorados e
demais excluídos da terra, ao promoverem e reproduzirem a colonização mental.
Para Ngũgĩ wa Thiong’o, a descolonização territorial e econômica
da África e dos africanos só será efetiva e autêntica no momento em que ocorrer
anteriormente a descolonização mental (a rejeição dos valores brancos/europeus/ocidentais)
e a manutenção, resgate e adoção orgânica e política dos valores africanos, principalmente
da linguagem e de todas as manifestações culturais oriundas desta faculdade
humana.
Neste livro, Thiong’o estabelece uma crítica contundente aos
autores africanos que não abandonaram a linguagem do colonizador, e ao mesmo tempo
exalta a cultura tradicional do povo africano, conclamando intelectuais e escritores
a fazer, por meio de suas produções intelectuais e artísticas, o mesmo.