sábado, 13 de setembro de 2014

Insurreição CGPP - Queria o quê? Pretitude até morrer!


LETRA
CGPP
Bota racista pra correr!

CGPP
Manda polícia se foder!
CGPP
Com os político vai debater

Queria o quê? Pretitude até morrer!

Download: http://www.mediafire.com/listen/s144ga1861b9dh4/Insurreiçao_CGPP-queria_o_que_pretitude_ate_morrer!.mp3

Branco gelou, me procurou, pediu pena pra mim
Quando na peneira do rap pedimo bala no Alckmin
Achou pesado? Quer que eu cole no sapatinho?
Deviam ter pensado antes de decapitar meu líder Zumbi
Branco não quer perder privilégio de ser doutor
Por isso invoco o malê escalpelar mente de colonizador
Pagou um pau, né? Ficou com vergonha da sua cor
Mas cê não faz ideia do que meu povo passou
Seu pai infartou, apavorou
Quando viu que o preto no programa policial representou
Sem tiro na cabeça, sem algema na mão
Denunciei o racismo institucional na televisão
Não sou o pá, o pan talibã Alcaeda
Mas o escopo do projeto é sempre autoestima pra pele preta
Levanta o esse queixo, caralho, ginga esses braços
Fecha a cara, aqui não tem sorriso fácil
Não tomamo no cu na diáspora pra fazer cara de dócil
É pra denunciar os brancos e seus sócios
Grajaú é da pesada
Não tem boi, odeia farda
Dá ré na viatura, vaza logo seu canalha
Tem motivo pra festa, Fuca?

Não, Miguel. Sem confraternização
nossa vida é resistência contra opressão
ginga moleque, na gíria, mostra esse black
se liga se liga que loko o dj back to back
Esse é o rap de quem sente e sofre o racismo na pele
de quem sente e sofre por causa da cor da sua pele
que teve suas características inferiorizadas
pra ser alvo de ditado, de folclore e piadas
Pra nóis não interessa com o branco a harmonia
o buraco é mais profundo é racial democracia
igualdade econômica, politica e social
não subemprego, sub escola, violência policial
domingos jorge velho aqui nóis desmascara
incrustado em cada um carniceiro de farda
se quis, me vê e todos os favelado de luto
agora pm paga pedágio, ou é (ratatata) no coco do puto
pra nóis bandido é bandeirante/ ecoa o coro
por via terrestre não vai/ subir o morro
se nóis retrata o ódio de forma simbólica
amanha, ter corpo de branco espetado na parabólica
a supremacia branca ainda é atual
jamais trataremos isso como natural
no ato de racismo o passado "qué" ignorar
sabemos, por si só, essa questão não se resolverá
proporção dos meus verso equaciona essa vida
vivemos violência desde que essa terra foi invadida
eu falo insurreição, vem sua síndrome do medo
é punição desumana pras preta pros preto
contra o genocídio sou Fuca o insurreto
Grajaú é a trincheira no front eu sou do gueto
passei dos 25 o arsenal tornou-se acervo
se livro é munição então doidera senta o dedo
o boy e o alienado não vão entender
queria o que? pretitude até morrer

CGPP
Bota racista pra correr!
CGPP
Manda polícia se foder!
CGPP
Com os político vai debater

Queria o quê? Pretitude até morrer!

sábado, 6 de setembro de 2014

Fala Tu (2003) - Documentário Rap

"Fala Tu" acompanha o cotidiano de três pessoas da zona norte do Rio de Janeiro. Suas vidas, seus sonhos, suas intimidades. Elas não se conhecem, mas têm uma coisa em comum: são rappers e sonham em se tornar músicos profissionais.
Macarrão, 33 anos, pai de duas filhas, é apontador do jogo do bicho e mora no Morro do Zinco, no Estácio. Combatente, 21 anos, trabalha como operadora de telemarketing, frequenta a Igreja do Santo Daime e mora em Vigário Geral. Toghum, 32 anos, é vendedor de produtos esotéricos, budista e morador de Cavalcante. O filme mostra o local de trabalho, os estúdios improvisados, as rádios piratas, as cerimônias religiosas, a casa e a família dos três, procurando entender como o rap mudou o cotidiano deles e como usam a experiência de vida para escrever as letras das canções.
O filme participou da Seleção Oficial do Festival de Berlim, em 2004.

Direção: Guilherme Coelho
Produção: Maurício Andrade Ramos, Mano Thales, Nathaniel Leclery, Guilherme Coelho
Roteiro: Nathaniel Leclery
Fotografia: Alberto Bellezia

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Insurreição CGPP - Rap Nacional

Insurreição CGPP

"Direto do periculoso mundo do Grajaú, senzala moderna"


Confiram a coletânea do projeto "Direito pras manas e pros manos"

O grupo de Rap Insurreição CGPP (Contra o Genocídio do Povo Preto) foi criado juntamente com o blog "SP Que Você Não Vê" no mês de junho de 2013, sua formação inicial conta com o Miguel - estudante de Saúde Pública
pela USP e uma das lideranças do movimento negro, e com o Fuca - um poeta do Grajaú. O grupo consolidou sua primeira música gravada em Junho de 2014, através do projeto da coletânea "Direito pros manos e pras manas" do Fórum Hip Hop.  
O Insurreição CGPP é focado na campanha Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica. Portanto, as temáticas das letras são acerca das várias articulações politicas do Estado para efetivar o genocídio, tanto na sua forma imediata - a violência policial com seu alto índice de letalidade; como também na forma indireta - que é perpetuada através da negação de diversos direitos, inclusive os básicos. 
Essa politica de genocídio é orientada pela estrutura racista de todas as instituições do Estado, então, a luta contra o racismo está muito presente nas letras e nos discursos do Insurreição CGPP, dando continuidade a luta dos nossos antepassados negros e negras.

"...parece pesado, mas eu sei que nos segue, essa falsa democracia já não nos serve, a divida que prescreve, o branco é quem nos deve, o racismo existe sim! Não negue, não cegue e leve, de leve ou não, essas palavras..."

O grupo atua junto com o Fórum Hip Hop MSP onde busca, dentre outras coisas, a efetivação das leis municipais voltadas para o hip hop, mantendo sempre um dialogo com os movimentos sociais e o poder público em prol do movimento hip hop e da valorização do cenário artístico da periferia.

Atualmente, com dez músicas no repertório o grupo almeja lançar seu primeiro álbum ainda no ano de 2014.

Confiram a coletânea do projeto "Direito pras manas e pros manos"

Fotos de apresentações: 
JARAGUA 19/07/2014




AÇÃO EDUCATIVA: 31/07/2014

                                 



















7 DE ABRIL - CENTRO - 09/08/2014







CEU ANHANGUERA - MORRO DOCE - 16/08/2014


CEU TRÊS LAGOS - JD NORONHA - 31/08/2014
























Confiram a coletânea do projeto "Direito pras manas e pros manos"