terça-feira, 1 de julho de 2014

Música - Tecla Pause - Facção Central

Música --> Tecla Pause, com algumas observações que fiz de acordo com minha interpretação. Pra quem curte o som do Facção e já viaja nessas letra. Essa é o sobre a mazelas que nos cercam, nós residentes da favela e suas áreas adjacentes periféricas, ou melhor, sobre o poder de apertar o pause em diversas situações onde alguns, com esse poder, reescreveria uma história mais justa e igualitária, outros (a classe dominante "civilizada") apenas apertariam o play e dariam continuidade à suas equações desonestas.

Álbum O Espetáculo do Circo dos Horrores - FACÇÃO CENTRAL

Queria reescrever a sinopse do drama, sem desfibrilador ressuscitando na ambulância.
Fazer um São Cosme e Damião, sem 357(revolver, calibre) bomba só de chocolate e pé de moleque
Apertar a tecla pause no momento mágico, no beijo em quem se ama, na hora do orgasmo.
Tirar do DP o alfinete espetado (modo de tortura utilizado pelos gambé, por exemplo: entre as unhas), (e) no meu bairro, o ponto geográfico, mais problemático.
Cansei de ser tese no seminário do reverendo (sobre igrejas, que usam de nossa situação para nos dominar travestidos de bonzinhos, lucrando com nossa desgraça), implorando morfina (pra aliviar dores) no balão de oxigênio.
Exigindo blindado, que o Garra se afaste, helicóptero pra fuga no campo de marte. (imaginei uma situação de fuga quando se está encurralado com o refém, um pause também pra essa necessidade)
Os que brincavam de dirigir no fusca abandonado, vi de unha preta lábios roxos, entre Orquídeas e cravos. (<--- consequência --->) È o preço pro transatlântico em Búzios, Parati, pra por na Black Bird(talvez um avião particular), puta do shopping Iguatemi.
Quem bate palma no portão pra pedir comida, se articula e imita a milícia Taliban, Eta, lra. (quem vive numa situação adversa a saída é se organizar, identificar o inimigo, e juntar forças contra ele.)
Bafômetro na cia que os drinks (referencia aos gringos) tão chapando, apontam o Brasil como potência em 15 anos. (tão pirados mesmo, porque) Não me viram pagando pros gambés uma CB (moto/ ou um valor equivalente), pra na audiência se contradizer e o juiz me absolver.
O veterinário abrindo a barriga do bulldog, pra coca passar na alfândega dentro do filhote.
Ou o traficante assando o coração na fogueira, do vapor que usou a droga e no lugar pois maizena.
Vi Rodin (um artista) na estátua O Pensador na prisão, fazendo caravela com emblema do timão. (enxergou potencial de um grande artista, ou uma grande obra, nos aprisionadxs fazendo artesanatos na penitenciária)... (com intuito de querer apenas segrega-lxs e excluí-lxs o país perde muito por ter essa visão lacrada de não aproveitar talentos)

Confesso ainda não aprendi a amar os inimigos, mas aperto sua mão pra subtrair um tiro.
Queria uma nave pra levar as crianças pro espaço e só trazer quando os homens já tivessem se matado.
(refrão)
Queria o poder de apertar a tecla pause, antes do choque no Denarc, da pedra de crack.
Queria o poder de apertar a tecla pause, antes da 9 mandar miolos, pá, pá, pelos ares.

A burocracia me impede de ter porte de arma, mas a Taurus na manga tem uma carta. --> O Paraguai 
pra eu buscar pela ponte da amizade, assim o escrivão tem os ossos triturados da face.
Doutor, não é pra defesa seu oitão registrado, é pra furar sua massa encefálica (na cabeça) e acabar no barraco. (as armas chegam na periferia depois de uns crime já, daí numeração raspada... na periferia não se fabrica armas)
Aproveito o tour no Mercosul pra sacar no Chile, se o bancário pôs no 24 horas o chip.
Administração de empresas, aula prática pro que cata o pc da aula e priva o morro da informática.
Ou tem surto consumista e morre, dando goela, faz um banco e cola de Mustang na favela.
Acreditavam que em 2000 moraríamos na lua, hoje o carro não voa e sem Porto (deve se referir à empresa de seguros) nem sai na rua.
Hoje tem cana (policia - gíria em espanhol) disfarçada de puta na campana, dá o cu por informação e os 5 do programa.
Carregam a cruz até Aparecida Do Norte, se o explosivo em gel abrir o vigia e o carro forte. (pode ser um gesto de agradecimento)
Dom Pedro disse independência ou morte, surfo no tsunami, pra não cumprir ordem.
(a convivência nas ruas nos faz ver várias fitas -->)A rua aguça o seu 6º sentido, sou detector de mentira, vejo a áurea do inimigo. Não acredito que haja mais Betinho, Chico Mendes, porque só trombo Pinochet na minha frente. (com base nessas vivencias a experiencia aumenta pra descola a real intenção das pessoa)
(e ainda sobre estarmos avançados--->)Tô onde a firma economiza antena pra Yamaha, com a cabeça do moto boy no cerol decaptada.
Por lucro dão cirrose de smirnof a playboy tira estria da vaca no Photoshop
Queria rebobinar a fita, apertar o play de novo, sem Dp da mulher (com) maxilar deslocado no soco.
Sem Tim torpedo pro X (na cadeia), vindo do QG da quadrilha, cusão se enforca hoje ou metralho sua família.

Queria o poder de apertar a tecla pause, antes do choque no

Denarc, da pedra de crack.

Queria o poder de apertar a tecla pause, antes da 9 mandar miolos, pá, pá, pelos ares.



Outras do Facção:
Música - Homenagem Póstuma - Facção Central
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/musica-homenagem-postuma-faccao-central.html

Música - Aonde o filho chora e a mãe não vê
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/06/musica-aonde-o-filho-chora-e-mae-nao-ve.html

Roleta Macabra FC- letra com observações
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/roleta-macabra-fc-letra-com-observacoes.html

11 comentários:

  1. Muito bacana!! Boa interpretação, mas tem trechos complexo que só o Eduardo pra explicar.

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  2. Os que brincavam de dirigir no fusca abandonado, vi de unha preta lábios roxos, entre Orquídeas e cravos.

    Essa parte se souber me ajude ;-)

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    1. Salve, mano. Então dessa parte eu entendi ele falando de morte, morte de alguém de mili anos de quem conhecia e brincava desde a infância. e devido a falta dos brinquedos mais pá usavam a criatividade nas brincadeiras. Ai entra aquele reflexo das quebradas de se ter vários manos de infância que se foram.

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    2. Putz!! Excelente sua interpretação, analisei aqui e foi perfeita,sou muito fã desse cara, ele mudou minha vida,me fez enxergar o genocídio do nosso povo, não tive a oportunidade ainda, mas quando tiver vou perguntar pra ele em que planeta ele viaja pra fazer essas composições, é algo fora de sério, continue interpretando mais letras dele mano, tô acompanhando aqui seu site... Obrigado pela ajuda.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Sim, mano. Ele escreve e canta muito. Inspiração desde muito tempo. E é daora de perceber a evolução de cada álbum. Acaba incentivando a buscar mais e mais informação tbem. Esse é um dos maiores legado em conjunto da música.
      è nois!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Faça mais interpretação das músicas do FC...

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    1. Fmz, mano. Vou fazer e assim que tiver pronto eu dou um salve aqui.

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  5. Salve !!

    Tem alguma ideia sobre esse trecho ?

    Administração de empresas, aula prática pro que cata o pc da aula e priva o morro da informática.

    Abraço !!

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    1. opa Salve!!
      Ao meu ver esse trecho remete à corrupção e desvio de verbas e ferramentas de órgãos públicos ou não públicos como recurso de se administrar. Um exemplo disso acontece no filme "Quanto vale ou é por quilo", onde o dono de uma ONG desvia a verba dos computadores que seriam utilizados na quebrada, além de procurar se promover com a imagem dos pobres.
      Acredito também que tem muito a ver com a questão do jeitinho brasileiro ou de querer se dar bem nas custas do outros. Algo muito comum numa sociedade que prega o individualismo, e a competição pra sobreviver num sistema capitalista.

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