terça-feira, 2 de setembro de 2014

Insurreição CGPP - Rap Nacional

Insurreição CGPP

"Direto do periculoso mundo do Grajaú, senzala moderna"


Confiram a coletânea do projeto "Direito pras manas e pros manos"

O grupo de Rap Insurreição CGPP (Contra o Genocídio do Povo Preto) foi criado juntamente com o blog "SP Que Você Não Vê" no mês de junho de 2013, sua formação inicial conta com o Miguel - estudante de Saúde Pública
pela USP e uma das lideranças do movimento negro, e com o Fuca - um poeta do Grajaú. O grupo consolidou sua primeira música gravada em Junho de 2014, através do projeto da coletânea "Direito pros manos e pras manas" do Fórum Hip Hop.  
O Insurreição CGPP é focado na campanha Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica. Portanto, as temáticas das letras são acerca das várias articulações politicas do Estado para efetivar o genocídio, tanto na sua forma imediata - a violência policial com seu alto índice de letalidade; como também na forma indireta - que é perpetuada através da negação de diversos direitos, inclusive os básicos. 
Essa politica de genocídio é orientada pela estrutura racista de todas as instituições do Estado, então, a luta contra o racismo está muito presente nas letras e nos discursos do Insurreição CGPP, dando continuidade a luta dos nossos antepassados negros e negras.

"...parece pesado, mas eu sei que nos segue, essa falsa democracia já não nos serve, a divida que prescreve, o branco é quem nos deve, o racismo existe sim! Não negue, não cegue e leve, de leve ou não, essas palavras..."

O grupo atua junto com o Fórum Hip Hop MSP onde busca, dentre outras coisas, a efetivação das leis municipais voltadas para o hip hop, mantendo sempre um dialogo com os movimentos sociais e o poder público em prol do movimento hip hop e da valorização do cenário artístico da periferia.

Atualmente, com dez músicas no repertório o grupo almeja lançar seu primeiro álbum ainda no ano de 2014.

Confiram a coletânea do projeto "Direito pras manas e pros manos"

Fotos de apresentações: 
JARAGUA 19/07/2014




AÇÃO EDUCATIVA: 31/07/2014

                                 



















7 DE ABRIL - CENTRO - 09/08/2014







CEU ANHANGUERA - MORRO DOCE - 16/08/2014


CEU TRÊS LAGOS - JD NORONHA - 31/08/2014
























Confiram a coletânea do projeto "Direito pras manas e pros manos"


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

100 Para Cada 100 Mil: Diretamente das Valas Oficiais

“... Policia matando e muita gente dando risada...”.
Massacre no Bairro Africano – Immortal Conspiração

No interior das políticas públicas da nação genocida vigora o racismo, bradamos a resolução de uma política de desassistência, porém aos poucos o poder público foi nos mostrando a realidade na prática de gerir; essa desassistência não é só a regra, para o ser ela assim foi projetada.


Interferimos no Plano Diretor da cidade e também no Plano de Metas, as demandas foram entregues, a gestão recuou, pressionamos, mas a efetivação foi meia boca (que efetivação então?). A questão do Juventude Viva talvez possa explicar uma boa parte do que enfrentamos na terra dos capitães do mato que subiram de cargo; o Plano veio de cima pra baixo, as secretarias municipais puxaram o freio de mão, vereadores desinteressados mantiveram-se na zona de conforto e os coxinhas fizeram a festa. Se pra efetivar as leis da já distante gestão Marta Suplicy, aquilo que já há tempos cobramos como possível rede de proteção (Estação Juventude e Casas de Cultura Hip Hop etc.) é um caos, para investir mais que o dobro do investimento para o Juventude Viva em uma ação para entupir as subprefeituras de PM’s strikes bastou uma canetada. 

Cada vez mais imersa em uma complexidade que daria infinitas teses é uma anátema de nome racismo institucional. Estrutural e estruturante a pedra no meio do caminho de equipamentos como os CEUS acaba por ser um facilitador para o outro céu, filosoficamente ou não, fomos deixando ele cada vez mais preto para garantir a branquitude que quem aqui está a gargalhar com as mãos cheias de sangue de nosso povo.
Produzem nas cabeças embranquecidas a ideia de que é impossível conflitar com aquilo que chamam de concepção hegemônica daquilo que vem a ser segurança pública. Bom, se assim for devo aceitar prontamente que o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta Pobre e Periférica e o Fórum de Hip Hop MSP vivem em universos paralelos e que só nossas cabeças produzem conexões sinápticas que permitem utilizar justamente aquilo que todo ser humano apresenta como condição de existência; a razão.

Permitam-se refletir que:
- A letalidade policial acumulou 236% de aumento nos dois primeiros trimestres do ano comparado ao ano passado.
-Para cada PM morto morrem 56 civis (pretos, pobres e periféricos) se utilizarmos o último trimestre como referência.
-Que a referencia para se publicizar a queda nos latrocínios pela SSP é mensal, o mês de julho apresentou 48% de queda.
-Que a PM e toda a cúpula de segurança pública esteve comemorando por esses dias não um aumento da queda nas proporções de roubos gerais, mas uma redução do aumento. Realmente a PM estourou o champanhe quando publicaram um aumento de “apenas” 14,7% em junho, porém com esse último dado podemos dizer que na verdade de janeiro de 2013 até junho de 2014 houve um acúmulo de 191% nesse quesito.
-Existe um mercado por detrás da política tucana de segurança pública, caso contrário não seriam roubos de carros e homicídios os “melhores” indicadores.
- Enfrentar o PCC na cabeça de quem pensa a política de segurança pública do Estado é saturar os bairros com maior índice de violência. Curioso, não? Foi justamente o advento do PCC que contribuiu para a redução da violência nas localidades mais pobres e foi justamente a PM que contribuiu para aumentar esse mesmo indicador.
-Então a proposta foi a seguinte; socaram 400 PM’s em Vila Brasilândia, Vila Penteado e Parada de Taipas e assim os homicídios por lá caíram. Porém as mortes por intervenção policial não entram nessa conta (putz). Sim, a letalidade policial subiu e nós ficamos meses e mais meses contando corpos tombados ora pelos grupos de extermínio (PM’s não fardados que representam algo em torno de 60% dos homicídios do Estado) e pelos PM’s fardados (que devem estar mantendo a marca dos 20% de todos os homicídios do Estado).
-A SSP criou assim um novo programa de saturação, o Prev Paz (Política Pública de Prevenção Criminal e Manutenção da Paz e da Ordem Pública) e colocou o nome dos Direitos Humanos da PM como cabeça, coronel Glauco para executar o programa. E o que ele fez? Deu um up nos efetivos de policiamento de transito (CPTRANS) e no CHOQUE, mas o melhor, logicamente o pior, estava por vir...

Hoje o programa está na ZN (2° região) e antes estava na ZS (1° região), nessa última em Capão Redondo, Jd Ângela e Campo Limpo. O que mais deveria estar lá segundo a Secretaria de Direitos Humanos, Coordenadoria de Juventude e a SMPPIR? Ora, o Juventude Viva! Fica escuro que só estava os eventos que funcionam como palanque eleitoral, mas que na prestação de contas se transmutam na categoria de “Ações de Promoção da Cultura de Paz”. O estatístico que luta para não se afogar no mar de sangue que suas medidas se esforçam dia pós dia para manipular disse que entre 1 e 10/8 os homicídios caíram 60% e que somados todas as categorias relativas a roubos e furtos de autos a queda superou a casa dos 70%. É muita piada branca da fato, o que esse tipo de informação diz do Prev Paz? E como está a letalidade policial para o mesmo período? Evidente que ninguém tá nem ai para o que deveria ser o primordial para refletir a efetividade ou não de um direito social denominado segurança pública.

Antes de tudo é crucial que não aceitemos o discurso do opressor. Se for pra discutir a política de segurança pública não é de PCC que iremos discutir. O PCC é só uma parte da política de segurança pública (isso mesmo, ele é parte e importante do jogo). Tá a fim de entender o jogo? Tem como. Primeiro vc lê o depoimento do Marcola na CPI das armas de 2006, depois vc lê o relatório “São Paulo Sob Achaque” e com essas duas leituras vc vai saber o que mais é importante ler para compreender o que se passa de fato. Algumas horas depois poderá ler uma matéria da Folha ou do Estadão para confirmar o quanto absurda e incoerente são as informações sobre segurança pública por essas bandas.
Passado todo esse tempo desde o Salve Geral (da mídia e da cúpula de segurança pública de São Paulo) a civil alega que a prisão do Tucano e do MK essa semana serviu para instabilizar o Marcola, afinal eles ocupavam os cargos de “Sintonia Final Nacional” da organização política (e não criminosa!). Bom, quem leu só o que é oficial sabe que o Marcola está neutralizado serve apenas para justificar a política de segurança pública do Estado, “afinal, eu sou o líder perante a imprensa” e é só isso que importa. Enquanto a maioria fica no cao de que o Estado está em guerra com o PCC ninguém discuti o motivo da Lei de Execução Penal não estar sendo cumprida. Alguém ai está acompanhando a situação de Cascavel no Paraná? Alguém se ligou nas reinvindicações dos jovens insurretos? Exatamente o cumprimento da Lei de Execução Penal.

Bom, enquanto a alienação é a regra a resolução de crimes é menor que 2% e os DP’s de Vila Matilde, Freguesia do Ó e Pq São Jorge prenderam 1 pessoa no 1° semestre desse ano enquanto que só nos DP’s de São Mateus e Capão Redondo (Juventude Viva, mas presa) prenderam 241 pessoas no mesmo período (com mandato).
Sim, antes que eu me esqueça. Os roubos de caixa eletrônico que estão rolando por ai são praticados por policiais da Força Tática. Quem sabe isso não venha a público daqui uns anos, justamente o tempo necessário para que não tenha efeito legal e mais uma vez os opressores usem nosso sangue para justificar suas medalhas.


Miguel Angelo
Fórum de Hip Hop MSP
Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta Pobre e Periférica

quinta-feira, 31 de julho de 2014

QUAL É O MOIO? POLITICA CULTURAL PARA HIP HOP MSP


Qual é o moio? Direito pros manos e pras manas

Cultura na periferia, tem? Quem faz? Quem acessa?
O Fórum Hip Hop MSP entregou uma carta para efetivação de politicas culturais para prefeitura de prefeitura de SP no ano de 2013 e aprovou na conferência de cultura do mesmo ano como 11ª proposta com 108 votos, garantia da efetivação da semana Hip Hop com a autonomia do movimento Hip Hop efetivação de 5 casas de Hip Hop como centros de referencia, memória, e politicas de circulação.
Queremos um fundo voltado para o movimento Hip Hop politico cultural onde o DJ, BREAK, GRAFFIT, MC, BBOX sem haver detrimentos dos artistas e articuladores do Hip Hop junto com a efetivação de todas as leis e projetos de leis voltados para Hip Hop em SP na câmara municipal e a valorização do Hip Hop em suas localidades na periferia e sua história com ação por toda cidade que as politicas de cultura sejam para difusão do conhecimento e fortalecimento do Hip Hop para combate ao racismo institucional brasileiro, por que?... Essas pessoas vão dizer no vídeo abaixo.

Por André Luiz
Reportagem e imagem
Julho 2014






terça-feira, 22 de julho de 2014

Evento - QUAL É O MOIO? POLITICAS PARA O HIP HOP


Por André Luiz

No dia 31 de julho, São Paulo, horário dás 18h , O Fórum Hip Hop MSP realizará o evento Qual é o Moio? Plano de Politica para o Hip Hop na ONG Ação Educativa , rua General Jardim, 660, esse evento faz parte do projeto Direito Pros Manos e Pras Manas com o patrocínio do programa VAI e secretaria de Cultura. Haverá apresentação do grupo de rap comunista Fantasmas Vermelho (ZL) e o rapper Fuca (Z/S); Também será exibido o doc realizado pelo Fórum sobre as politicas públicas nos bairros da cidade e sua importância. Estão convidados para participar do dialogo representantes da secretaria de cultura e educação no intuito de entender e se articular para efetivação de politicas públicas de interesse do movimento hip hop
Os temas que apareceram na conversa são referente as politicas públicas de cultura, educacionais e sociais em prol da periferia da cidade, a partir do olhar do movimento hip hop;  Quais foram os efeitos dos diálogos de 2013, o que se efetivou e o que ainda está para se realizar referente ao hip hop? Quais são as participações dos conselhos da cidade, juventude e outros atualmente na politica executada no município? Qual o efeito do plano Juventude Viva na cidade? Entre outras questões que ainda estão sem respostas.

 Democracia não é dialogo para apropriação das falas para se criar um discurso que agrade. Ela é dialogo; é a participação dos munícipes na elaboração e efetivação das politicas de interesse dos paulistano.
Rapper Pirata

Serviço:
Hip Hop Filmes: Direito Pros Manos e Pras Minas
Qual é o Moio? Politica para o Hip Hop
Data:  Quinta -31/07/2014
Horário:18hr
Local: Ação Educativa
Rua General Jardim, 660
Prx metrô república
Fone: 9 8216 2160 - Rapper Pirata
http://forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com.br/