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No próximo dia 25 de janeiro de 2015, domingo, o poder público, instituições de educação e cultura e a imprensa irão promover a comemoração de aniversário da maior cidade da América Latina: os 461 anos de construção de cidade de São Paulo. A festa, contudo, esconde uma verdade histórica, que é necessária denunciar, a política de genocídio em desenvolvimento.
O conceito de Genocídio significa o plano coordenado de ações objetivando a destruição dos alicerces fundamentais da vida de grupos nacionais com o fim de aniquilar uma população, segundo o judeu polonês Lemkin (1959), considerada inimigo do Estado ou da nação. Historicamente, genocídios justificaram-se sob o lema da defesa da identidade nacional, da raça, da religião, ou em razão de diferenças étnicas, políticas e sociais, como o genocídio cambojano (1975 e 1979), o genocídio em Ruanda (1994), o genocídio na Bósnia (1995), o genocídio na Guerra do Paraguai e o Holocausto Judeu (II Guerra Mundial).
E por que é possível dizer que há um genocídio no Brasil?
Não há dados nem relatos que demonstrem práticas de extermínio sistemáticas de descendentes de italianos, alemães, judeus e outros, no Brasil, por exemplo. Mas há, sim, uma realidade de constantes mortes de jovens nas periferias da cidade motivadas pelas ações da polícia (de farda ou em grupos de extermínio), e do crescente encarceramento dessa população, em razão, muitas vezes, de flagrantes forjados e da conduta arbitrária do Poder Judiciário, que decide quem é ou não é traficante.
A juventude preta, pobre e periférica é a principal vítima dos casos de homicídio do município, do Estado e do País. Chacinas e assassinatos promovidos por homens encapuzados em motos são cenas frequentes nas periferias de São Paulo. Todos os dias jovens são alvejados pela Polícia Militar em supostos confrontos sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas.
Também outras instituições, como as de ensino superior, contribuem para promover formas de exclusão e não de garantia de direitos. Além da precariedade da vida, são a Letalidade Policial e o Encarceramento em Massa duas grandes estratégias de genocídio promovidas atualmente na cidade de São Paulo e pelos interessados em sua perpetuação.
Neste sentido, o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica irá promover um ato no mesmo dia, para debater e denunciar tal realidade. O tema do ato é a denúncia dos ‘461 anos de genocídio’ e a comemoração dos 180 anos da revolução malê – uma importante rebelião ocorrida em janeiro de 1835, em Salvador, promovida por negros escravos ou libertos das mais variadas culturas e procedências africanas, dentre as quais haussas e nagôs, de origem islâmica. Essa revolta, contra a escravidão e a imposição do catolicismo, significou uma mudança nas formas de resistência, substituindo as estratégias de fugas, crimes contra feitores ou suicídio pela tomada do poder.
A concentração e as atividades do ato ocorrerão na praça da Sé a partir das 9h da manhã, com apresentação musical (RAP), poesias e falas de conscientização – o microfone estará aberto para quem quiser falar algo sobre o tema.
Um blog sobre os pensamentos e ações do grupo de rap Insurreição CGPP. Aqui se encontram os textos produzidos, notícias do grupo, letras de rap, clipes e traduções. Além de indicações de leituras, notas e trechos de textos literários, acadêmicos, políticos e de rap. Membro atual: Fuca
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Ato - 461 ANOS DE GENOCÍDIO DO POVO PRETO, POBRE E PERIFÉRICO
No dia 25 de janeiro de 2015, aniversário da Cidade de São Paulo, acontecerá o 3º ato contra o genocídio do povo preto: 461 anos de genocídio, que será realizado na praça da sé em frente a Catedral. O ato começara a partir da 9 horas com panfletagem na missa e imediações, e logo após teremos diversas apresentações de Rap e microfone aberto para falas, poesias e demais manifestações. Essa é a terceira edição deste ato que ocorre desde 2013 e é organizado pelo Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica.
O aniversário da Cidade de São Paulo é o aniversário de uma estratégia genocida. Nada menos do que um dia para se celebrar a fundação de um colégio jesuíta que se justificava para aculturar os povos nativos. Ocorre que tal estratégia se volta para o povo preto de maneira diferente, não aculturar para incorporar, mas para destruir. Do projeto descrito por Abdias que preconizava aculturação por imposição da cultura eurocêntrica e extermínio físico via miscigenação convivemos hoje com uma etapa superior do processo, manutenção da não identidade de povo. A ideologia da democracia racial permitindo o sucesso de uma programação racista transversal nos induz a naturalização de todos os privilégios (branquitude) e de toda auto-negação (embranquecimento) a qual somos vítimas. A cidade que mais mata em um estado que concentra mais de 10% de todas as mortes do país, que mais prende em um estado que concentra quase 50% de todo o sistema carcerário, que mais vê passivelmente pessoas em condição de miserabilidade aumentar mais do que em todo país nos últimos dois anos certamente é também uma das Cidades que mais oprime a Juventude Preta, Pobre e Periférica.
180 Anos da Insurreição Malê!
Contamos com sua presença!
FIM DAS POLÍCIAS!
FIM DOS PRESÍDIOS!
sábado, 22 de novembro de 2014
Insurreição CGPP - Voz de Mãe
Letra
Meu nome é Maria eis aqui minha palavra
meu corpo agora treme e meu coração trava
Peço por favor não repare se eu chorar
Lágrima vem pesada é difícil segurar
Quem tava no meu colo e dormia do meu lado
Hoje vi dormindo cheio de furo e costurado
com um ente assinei o caixão pra sepultar
e já me perguntou como eu iria lhe pagar.
momento tão difícil eu me sinto mais sozinha
Não consegui vencer sendo ajudante de cozinha
Pra ver meu único filho aos 15 anos morto
Devia seguir o safado que decretou o seu aborto
Não o vi jogando bola, nem fui na sua reunião
estava servindo mesa ouvindo merda do patrão
Na fila do busão uma mãe negra que chora
as 04:15 da manhã os passageiro me consola
(refrão) Quero o meu filho de volta
Me ajude
Quero o meu filho de volta
Me escute
Quero o meu filho de volta
Mas não volta, ele foi julgado e morto pela rota
é só quem é mãe sabe mesmo como dói
não o verme que matou meu filho, faz quadrinho de
herói
que na delegacia me viu sem rumo, deu risada
ah como eu queria matar o porco na facada
minha vida vale menos é o que tá comprovado
vejo tanta gente mas ninguém tá do meu lado
vieram me falar que deus ele é fiel
mas queriam que eu doasse o dinheiro do aluguel
Olho seu lado da cama me bate um desespero
o sonho não existe a vida é o pesadelo
abraço o travesseiro e fico a pensar
não pude dá o melhor e ele foi roubar
Momento desgostoso a saudade mais aperta
na euforia da noticia no cidade alerta
Tô ficando louca o que fizeram com minha vida
o patrão me viu chorando e hoje eu fui demitida.
(refrão) Quero o meu filho de volta
Me ajude
Quero o meu filho de volta
Me escute
Quero o meu filho de volta
sábado, 1 de novembro de 2014
Malcolm X - Mensagem a Grassroots (mensagem as bases) - parte1
Este discurso de Malcolm X foi feito em 10 de
Novembro de 1963, em Detroit. Pouco depois, Malcolm se separou da Nação do
Islã.
... E durante os poucos momentos que nos resta, queremos ter apenas um bate-papo, sem algo preparado, entre você e eu - nós. Queremos falar direto para a terra numa linguagem que todos aqui poderão facilmente compreender. Estamos todos de acordo esta noite, todos os oradores concordam, que a América tem um problema muito sério. Não apenas a América tem um problema muito sério, mas o nosso povo tem um problema muito sério. Somos nós o problema norte americano. Nós somos o problema. A única razão pela qual esse país tem um problema é que ele não nos quer aqui. E cada vez que você olhar para si mesmo, seja você preto, marrom, vermelho ou amarelo – ou um chamado *Negro (negro/nigger) - Você representa uma pessoa que é um problema tão grave para a América, porque eles não querem você. Enfrente isso como um fato, então você pode começar a traçar um caminho que fará você parecer inteligente, em vez de pouco inteligente.
O que você e eu precisamos fazer é aprendermos a esquecer de nossas diferenças. Quando nos reunimos, não estamos a nos juntar como batistas ou metodistas. Você não irá para o inferno por ser um batista, e você não irá para o inferno porque é metodista. Você não irá para o inferno por ser batista ou metodista. Você não irá para o inferno por ser democrata ou republicano. Você não irá para o inferno por ser um maçom ou um alce, e certamente você não irá para o inferno porque é americano; porque se você é americano, você não irá para o inferno. Você vai para o inferno porque você é uma pessoa negra. Você vai para o inferno, todos nós vamos para o inferno, por essa mesma razão.
Então, todos nós somos negros (Black people), chamados negros (Negroes), cidadãos de segunda classe, os ex-escravos. Você não passa de um ex-escravo. Você não gosta de ser chamado assim, mas o que mais vocês são? Vocês são ex-escravos. Vocês não vieram aqui no **"Mayflower". Vocês vieram pra cá em um navio de escravos - em cadeias, como um cavalo ou uma vaca ou uma galinha. E vocês foram trazidos aqui por pessoas que vieram aqui pelo "Mayflower". Vocês foram trazidos pelos assim chamados Peregrinos, ou ***fundadores . Eles foram os únicos que lhe trouxeram pra cá.
Temos um inimigo em comum. Temos isso em comum: Temos um opressor em comum, um explorador em comum, e um discriminador em comum. E uma vez que nós todos percebemos que temos este inimigo, então nos unimos na base do que temos em comum. E o que temos de principal em comum é o inimigo - o homem branco. Ele é um inimigo de nós todos. Sei que alguns de vocês pensam que alguns deles não são inimigos. O tempo vai dizer.
Em Bandung, voltando se não me engano em 1954, foi a primeira unidade em séculos de pessoas negras se reunindo. E uma vez que você estudar o que aconteceu na conferência de Bandung, e os resultados da Conferência de Bandung, na verdade serve de modelo para que nós usemos o mesmo procedimento para ter os nossos problemas resolvidos. Em Bandung todas as nações se uniram, eram nações escuras da África e da Ásia, algumas delas eram budistas, algumas delas eram muçulmanas, algumas delas eram cristãs, alguns delas eram confucionistas, algumas eram nações ateias. Apesar de suas diferenças religiosas, elas vieram juntas. Algumas eram comunistas, algumas eram socialistas, algumas eram capitalistas. Apesar de suas diferenças políticas e econômicas, vieram juntas. Todas elas eram preta, marrom, vermelha ou amarela.
O único que não foi autorizado a participar da conferência de Bandung foi o homem branco, ele não pôde ir. Uma vez que excluiu o homem branco, eles descobriram que eles poderiam ficar juntos, uma vez que o manteve de fora, todo mundo seguiu na mesma linha. Esta é a coisa que temos que entender, e essas pessoas que estavam juntas não tinham armas nucleares; elas não tinham aviões a jato; elas não tinham todos os armamentos pesados que o homem branco tem, mas elas tinham a unidade.
Eles foram capazes de submergir suas pequenas diferenças e concordaram em uma coisa: que o Africano do Quênia estava sendo colonizado pelos ingleses, que o Africano do Congo estava sendo colonizado pelo belga, que o Africano de Guiné estava sendo colonizado pelos franceses, que o de Angola estava sendo colonizado pelo Português. Quando eles vieram para a conferência de Bandung, eles olharam pro português, pro francês, pro inglês, pro holandês, e aprenderam ou perceberam que a única coisa que todos eles tinham em comum: todos eles eram da Europa, eles eram todos europeus, loiros, de olhos azuis e pele branca. Eles começaram a reconhecer quem era o inimigo. O mesmo homem que foi colonizar nossas pessoas no Quênia foi colonizar nossas pessoas no Congo. O mesmo do Congo estava colonizando o nosso povo na África do Sul, na Rodésia do Sul, na Birmânia, na Índia, no Afeganistão, no Paquistão. Eles perceberam que em todo o mundo as pessoas negras estavam sendo oprimidas, elas estavam sendo oprimidas pelo homem branco; onde as pessoas negras estavam sendo exploradas, estava sendo exploradas pelo homem branco. Então se reuniram sob esse critério - que tinham um inimigo comum.
E quando você e eu aqui em Detroit ou em Michigan e na América, que foram despertados e olhar à nossa volta hoje, também percebemos que aqui na América todos nós temos um inimigo em comum, quer seja na Geórgia ou Michigan, na Califórnia ou em Nova York. Ele é o mesmo homem: olhos azuis, cabelos loiros e pele clara - mesmo homem. Então o que temos a fazer é o que eles fizeram, eles concordaram em parar de brigar entre si, qualquer pequena briga que eles tinham, eles resolviam entre si - não deixe que o inimigo tome conhecimento que você tem um desentendimento.
Em vez de expor nossas diferenças em público, temos de perceber que somos todos da mesma família e quando você tem uma briga entre família, você não sai na calçada. Se você fizer isso, todo mundo te chama rude, bruto, incivilizado, selvagem. Se você fizer isso em casa e resolver em casa; você tem no armário e discute por trás de portas fechadas. E então, quando você sai na rua, você expõe uma frente comum, uma frente unida. E é isso que precisamos fazer na comunidade, na cidade e no estado. Precisamos parar de expor nossas diferenças em frente ao homem branco. Número um, deixe o homem branco fora de nossas reuniões e, em seguida, sentar e conversar sobre os planos e trabalhos. Isso é o que temos que fazer.
*As 'Negro People' são diferentes das 'Black People', pois basicamente não possuem consciência de raça e estão do lado e a serviço dos brancos.( ele explicará mais detalhadamente no decorrer do discurso)
** (termos históricos) o navio Mayflower em que os Pilgrim Fathers partiu de Plymouth para Massachusetts em 1620)
***(Convenção que redigiu a Constituição dos EUA em 1787)
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Ato em memória dos 22 anos do Massacre do Carandiru
São Paulo, 02 de
outubro de 2014
Ato em memória dos 22 anos do Massacre do Carandiru
No Brasil os direitos humanos são violados em
diversos poderes, estruturas e instituições, a população precisa repudiar
ativamente essa política genocida contra a população preta, pobre e periférica,
exigindo que apareçam os responsáveis do Massacre do Carandiru. É preciso que
TODOS os envolvidos sejam de fato punidos, muito sangue foi derramado, muitos
tiros foram disparados, e sabemos quem matou e quem morreu. De acordo com a
divulgação oficial foram 111 aprisionados assassinados pela policia que invadiu
o Pavilhão 9 com metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas. Das 111 vítimas
89 ainda estavam aguardando uma sentença definitiva, 51 não tinham completado
25 anos e só 9 tinham pena acima de 20 anos. O pavilhão 9 era especifico para
réus primários com muitos jovens condenados por crime contra o patrimônio.
Passaram-se 22 anos e ninguém está preso, na época
não foi movida sequer uma punição administrativa disciplinar contra os
policiais, esse ano o julgamento ocorreu e eles foram condenados, mas ainda
estão livres gozando de aposentadoria, e de promoções de cargos. Não temos uma
“autoridade” responsável por essa ação, o que temos é a continuidade do plano
de extermínio do Estado de São Paulo nas periferias contra a juventude preta.
Não existe pena de morte no Brasil, mas ela é
decretada sumariamente pelo Estado. Precisamos de um plano de segurança
pública, vindo de todas as instâncias do Estado brasileiro, que não tenha como
principais eixos a ainda maior militarização da sociedade, a repressão, o
encarceramento em massa e execuções da juventude preta, pobre e periférica.
120 policiais foram acusados, 84 por homicídios
qualificados e 32 por provocar lesões corporais, sendo que este último já
prescreveu. O Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica
jamais aceitará essa impunidade dos mandantes e dos que executaram o massacre,
ninguém deve aceitar essa ação como se nada de errado tivesse acontecido. Pela
prisão dos condenados e pela indenização das famílias vitimadas.
- Segue a lista com nomes dos policiais acusados e
IMPUNES:
Carlos Alberto dos Santos – Carlos Alberto Siqueira
– Haroldo Wilson de Mello – Luiz Antonio Alves – Marcelo Gonzales Marques –
Pedro Laio Morais Ribeiro – Roberto Alberto da Silva – Roberto Alves de Paiva –
Roberto do Carmo Filho – Valter Ribeiro da Silva – Zaqueu Teixeira – Eno
Aparecido Carvalho Leite – Marcos Antonio de Medeiros – Sandro Francisco de
Oliveira – Valquimar Souza Gomes – Antonio Aparecido Roberto Gonçalves – José
Luiz Raymundo – Roberto Yoshio Yoshikado – Antonio Luiz Aparecido Marangoni –
Joel Cantilio Dias – Marcelo de Oliveira Cardoso – José Carlos do Prado –
Fernando Trindade – Edson Pereira Campos – Armando da Silva Moreira – Mauro
Gomes de Oliveira – Algemiro Cândido – Walmir Correa Leite – Cirineu Carlos
Letang Silva – Wanderley Mascarenhas de Souza – Valmir Carrascoza – Sidnei
Serafim dos Anjos – Luiz Nakaharada – Valter Alves de Mendonça – Ronaldo
Ribeiro dos Santos – Arivaldo Sérgio Salgado – Aércio Dornelas Santos –
Salvador Modesto Madia – Eduardo Espósito – Maurício Marchese Rodrigues – Luiz
Antonio Alves Tavares – Wlandekis Antonio Candido Silva – Pedro Paulo de
Oliveira Marques – Carlos do Carmo Brígido Silva – Celso Machado Cavalcante –
Gervásio Pereira dos Santos Filho – Reginaldo Honda – Silvio Nascimento Sabino
– Raphael Rodrigues Pontes – Antonio mauro Scarpa – Osvaldo P. – Alex Morello
Fernandes – Benjamin Yoshida de Souza – Flavio Z. Haensel – Marcos H. – Marcos
do Nascimento Pina – Jeferson Ferreira dos Santos – Cleginaldo Roberto da Silva
– José Roberto de Jesus – Julio Cesar Azevedo – Leandro de J. Menezes – Marcos
Antonio Santos Ferreira – Ítalo Del Nero Junior – Hercules A. – Wilson Brandão
Parreira Filho – Antonio Chiari – Edson Faroro – José Luiz Soares Continho –
Armando Rafael de Araújo – Gerson dos Santos Rezende – Raul de Mendenço Junior
– Cleudir F. Nardo – Raimundo Silva Filho – Marcos Cabral Marinho de Moura –
Sérgio de Souza Merlo – Luiz Carlos Pereira Martins – Eder Franco D’avila –
Nivaldo Cesar restivo – Hideo Augusto Dendini – Carlos Botelho Lourenço –
Alexandre Atala Bondezan – Conrado Milton Zácara Junior – Marcio Streifinger –
Raul Santo de oliveira – Luiz Roberto Miranda Junior – Silvio Roberto Villar
Dias – Rogério Ramos Batista – Ernesto Puglia Neto – Cláudio Cesar de Oliveira
– Leandro Pavani Agostini – Fernando César Lorencini – Jackson Dorta de Toledo
– Arnaldo Fernandes Ribeiro – Alcenor Carlos Carvalho Rocha – João Rafael de
Oliveira Filho – Jose Roberto Saldanha – Silvio de Sá Dantas – Douglas Martins
Barbosa – José Carlos Ferreira – Aparecido Jose da Silva – Jair Aparecido Dias
dos Santos – Ariovaldo dos Santos Cruz – Paulo E. de Melo – Martin C. Lopes –
Paulo Eduardo Farias – Tarcisio pereira – Marcelo José de L. – Josenildo
Rodrigues Liberal – Sergio C. Leite – Marcos Ricardo P. – Luiz Augusto g. –
Silvério Benjamin da Silva – Elder T. – Walter Tadeu Andrade de Assis – Martin
heber Frederico Junior – Roberto L. Soares Penna – Luciano W. Bonani – Salvador
S.
- Lista das vítimas do Massacre do Carandiru:
Adalberto Oliveira dos Santos; Adão Luiz Ferreira de
Aquino; Adelson Pereira de Araujo; Alex Rogério de Araujo; Alexandre Nunes
Machado da Silva; Almir Jean Soares; Antonio Alves dos Santos; Antonio da Silva
Souza; Antonio Luiz Pereira; Antonio Quirino da Silva; Carlos Almirante Borges
da Silva; Carlos Antonio Silvano Santos; Carlos Cesar de Souza; Claudemir
Marques; Claudio do Nascimento da Silva; Claudio José de Carvalho; Cosmo
Alberto dos Santos; Daniel Roque Pires; Dimas Geraldo dos Santos; Douglas Edson
de Brito; Edivaldo Joaquim de Almeida; Elias Oliveira Costa; Elias Palmiciano;
Emerson Marcelo de Pontes; Erivaldo da Silva Ribeiro; Estefano Mard da Silva
Prudente; Fabio Rogério dos Santos; Francisco Antonio dos Santos; Francisco
Ferreira dos Santos; Francisco Rodrigues; Genivaldo Araujo dos Santos; Geraldo
Martins Pereira; Geraldo Messias da Silva; Grimario Valério de Albuquerque;
Jarbas da Silveira Rosa; Jesuino Campos; João Carlos Rodrigues Vasques; João
Gonçalves da Silva; Jodilson Ferreira dos Santos; Jorge Sakai; Josanias
Ferreira de Lima; José Alberto Gomes Pessoa; José Bento da Silva; José Carlos
Clementino da Silva; José Carlos da Silva; José Carlos dos Santos; José Carlos
Inojosa; José Cícero Angelo dos Santos; José Cícero da Silva; José Domingues Duarte;
José Elias Miranda da Silva; José Jaime Costa e Silva; José Jorge Vicente; José
Marcolino Monteiro; José Martins Vieira Rodrigues; José Ocelio Alves Rodrigues;
José Pereira da Silva; José Ronaldo Vilela da Silva; Josue Pedroso de Andrade;
Jovemar Paulo Alves Ribeiro; Juares dos Santos; Luiz Cesar Leite; Luiz Claudio
do Carmo; Luiz Enrique Martin; Luiz Granja da Silva Neto; Mamed da Silva;
Marcelo Couto; Marcelo Ramos; Marco Antonio Avelino Ramos; Marco Antonio
Soares; Marcos Rodrigues Melo; Marcos Sérgio Lino de Souza; Mario Felipe dos
Santos; Mario Gonçalves da Silva; Mauricio Calio; Mauro Batista Silva; Nivaldo
Aparecido Marques de Souza; Nivaldo Barreto Pinto; Nivaldo de Jesus Santos;
Ocenir Paulo de Lima; Olivio Antonio Luiz Filho; Orlando Alves Rodrigues;
Osvaldino Moreira Flores; Paulo Antonio Ramos; Paulo Cesar Moreira; Paulo
Martins Silva; Paulo Reis Antunes; Paulo Roberto da Luz; Paulo Roberto
Rodrigues de Oliveira; Paulo Rogério Luiz de Oliveira; Reginaldo Ferreira
Martins; Reginaldo Judici da Silva; Roberio Azevedo da Silva; Roberto Alves
Vieira; Roberto Aparecido Nogueira; Roberto Azevedo Silva; Roberto Rodrigues
Teodoro; Rogério Piassa; Rogério Presaniuk; Ronaldo Aparecido Gasparinio;
Samuel Teixeira de Queiroz; Sandoval Batista da Silva; Sandro Rogério Bispo;
Sérgio Angelo Bonane; Tenilson Souza; Valdemir Bernardo da Silva; Valdemir
Pereira da Silva; Valmir Marques dos Santos; Valter Gonçalves Gaetano; Vanildo
Luiz; Vivaldo Virculino dos Santos...
COMITÊ CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE PRETA, POBRE
E PERIFÉRICA.
Ato na Câmara Municipal de São Paulo – 02 de outubro
de 2014.
sábado, 13 de setembro de 2014
Insurreição CGPP - Queria o quê? Pretitude até morrer!
LETRA
CGPPBota racista pra correr!
CGPP
Manda polícia se foder!
CGPP
Com os político vai debater
Queria o quê? Pretitude até morrer!
Download: http://www.mediafire.com/listen/s144ga1861b9dh4/Insurreiçao_CGPP-queria_o_que_pretitude_ate_morrer!.mp3
Branco gelou, me procurou, pediu pena pra mim
Quando na peneira do rap pedimo bala no Alckmin
Achou pesado? Quer que eu cole no sapatinho?
Deviam ter pensado antes de decapitar meu líder Zumbi
Branco não quer perder privilégio de ser doutor
Por isso invoco o malê escalpelar mente de colonizador
Pagou um pau, né? Ficou com vergonha da sua cor
Mas cê não faz ideia do que meu povo passou
Seu pai infartou, apavorou
Quando viu que o preto no programa policial representou
Sem tiro na cabeça, sem algema na mão
Denunciei o racismo institucional na televisão
Não sou o pá, o pan talibã Alcaeda
Mas o escopo do projeto é sempre autoestima pra pele preta
Levanta o esse queixo, caralho, ginga esses braços
Fecha a cara, aqui não tem sorriso fácil
Não tomamo no cu na diáspora pra fazer cara de dócil
É pra denunciar os brancos e seus sócios
Grajaú é da pesada
Não tem boi, odeia farda
Dá ré na viatura, vaza logo seu canalha
Tem motivo pra festa, Fuca?
Não, Miguel. Sem confraternização
nossa vida é resistência contra opressão
ginga moleque, na gíria, mostra esse black
se liga se liga que loko o dj back to back
Esse é o rap de quem sente e sofre o racismo na pele
de quem sente e sofre por causa da cor da sua pele
que teve suas características inferiorizadas
pra ser alvo de ditado, de folclore e piadas
Pra nóis não interessa com o branco a harmonia
o buraco é mais profundo é racial democracia
igualdade econômica, politica e social
não subemprego, sub escola, violência policial
domingos jorge velho aqui nóis desmascara
incrustado em cada um carniceiro de farda
se quis, me vê e todos os favelado de luto
agora pm paga pedágio, ou é (ratatata) no coco do puto
pra nóis bandido é bandeirante/ ecoa o coro
por via terrestre não vai/ subir o morro
se nóis retrata o ódio de forma simbólica
amanha, ter corpo de branco espetado na parabólica
a supremacia branca ainda é atual
jamais trataremos isso como natural
no ato de racismo o passado "qué" ignorar
sabemos, por si só, essa questão não se resolverá
proporção dos meus verso equaciona essa vida
vivemos violência desde que essa terra foi invadida
eu falo insurreição, vem sua síndrome do medo
é punição desumana pras preta pros preto
contra o genocídio sou Fuca o insurreto
Grajaú é a trincheira no front eu sou do gueto
passei dos 25 o arsenal tornou-se acervo
se livro é munição então doidera senta o dedo
o boy e o alienado não vão entender
queria o que? pretitude até morrer
CGPP
Bota racista pra correr!
CGPP
Manda polícia se foder!
CGPP
Com os político vai debater
Queria o quê? Pretitude até morrer!
sábado, 6 de setembro de 2014
Fala Tu (2003) - Documentário Rap
"Fala Tu" acompanha o cotidiano de três pessoas da zona norte do Rio de Janeiro. Suas vidas, seus sonhos, suas intimidades. Elas não se conhecem, mas têm uma coisa em comum: são rappers e sonham em se tornar músicos profissionais.
Macarrão, 33 anos, pai de duas filhas, é apontador do jogo do bicho e mora no Morro do Zinco, no Estácio. Combatente, 21 anos, trabalha como operadora de telemarketing, frequenta a Igreja do Santo Daime e mora em Vigário Geral. Toghum, 32 anos, é vendedor de produtos esotéricos, budista e morador de Cavalcante. O filme mostra o local de trabalho, os estúdios improvisados, as rádios piratas, as cerimônias religiosas, a casa e a família dos três, procurando entender como o rap mudou o cotidiano deles e como usam a experiência de vida para escrever as letras das canções.
O filme participou da Seleção Oficial do Festival de Berlim, em 2004.
Direção: Guilherme Coelho
Produção: Maurício Andrade Ramos, Mano Thales, Nathaniel Leclery, Guilherme Coelho
Roteiro: Nathaniel Leclery
Fotografia: Alberto Bellezia
Macarrão, 33 anos, pai de duas filhas, é apontador do jogo do bicho e mora no Morro do Zinco, no Estácio. Combatente, 21 anos, trabalha como operadora de telemarketing, frequenta a Igreja do Santo Daime e mora em Vigário Geral. Toghum, 32 anos, é vendedor de produtos esotéricos, budista e morador de Cavalcante. O filme mostra o local de trabalho, os estúdios improvisados, as rádios piratas, as cerimônias religiosas, a casa e a família dos três, procurando entender como o rap mudou o cotidiano deles e como usam a experiência de vida para escrever as letras das canções.
O filme participou da Seleção Oficial do Festival de Berlim, em 2004.
Direção: Guilherme Coelho
Produção: Maurício Andrade Ramos, Mano Thales, Nathaniel Leclery, Guilherme Coelho
Roteiro: Nathaniel Leclery
Fotografia: Alberto Bellezia
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