segunda-feira, 14 de julho de 2014

Stokely Carmichael - Discurso Free Huey Newton 1968 (2/2)

Stokely Carmichael (Kwame Ture) - Discurso pela liberdade do aniversariante Huey P. Newton dos Panteras Negras - Oakland 17 de Fevereiro de 1968 - Parte 2 de 2




Parte 1:
Stokely Carmichael - Discurso Free Huey Newton 1968 (1/2)
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/05/stokely-carmichael-discurso-free-huey.html





Tradução livre por Carlos R. Rocha - Fuca, fala começa em 37:18
fonte: http://www.lib.berkeley.edu/MRC/carmichael.html


Parte 2
Temos que entender que só hoje os Estados Unidos votou para a África do Sul entrar nas Olimpíadas, e os negros aqui estão debatendo se deve ou não atletas negros fazerem parte dos Jogos Olímpicos. Isso não é um debate! A questão definitiva é: não haverá atletas negros com alguma dignidade participando dessa competição sem sentido do branco!

Temos que compreender cada vez mais como o nosso povo fala sobre sobrevivência. Isso significa que, quando falamos de sobrevivência, nós organizamos politicamente, organizamos de forma consciente - é o que eles chamam de educação; chamamos isso de consciência negra - temos que nos organizar economicamente, e nos organizar militarmente. (aplausos) Porque se não fizermos isso, se você não tem uma arma em sua mão, eles podem "roubar" o voto de vocês. Mas se você tem uma arma, são eles ou nós. (aplausos) 

E a preparação pras batalhas em todas as lutas deve tornar-se consciente no nosso povo. Estamos à frente dos judeus, nós sabemos o que eles estão prontos para fazer. Eles nos dizem todos os dias em suas revistas. Eles nos dizem em seus televisores. Dizem com os seus 15 mil soldados que estão colocando na cidade. Dizem com seus tanques. Dizem com suas armas. Temos que acordar e dizer-lhes: nós vamos levá-lo de volta. (aplausos) 

Tire de sua mente as questões de minoria. Tire de sua mente as questões de tecnologia. A tecnologia nunca decide uma guerra. É a vontade do povo que decide uma guerra. (aplausos) É a vontade do povo... a vontade do povo. Tire de sua mente o fato de não termos armas. Os vietnamitas não tinham quando começaram. Agora eles têm armas americanas, tanques americanos, tudo do americano. (aplausos) Tudo ... tudo ... tudo. Se eles vêm para nos (áudio pulou) nós vamos tomar as armas. (aplausos) E a menos que nós levantamos nossas mentes ao nível de consciência, onde temos um amor eterno para o nosso povo, pelo qual estamos dispostos a derramar o nosso sangue como Huey Newton fez para o nosso povo, nós não vamos sobreviver... (aplausos)... nós não vamos sobreviver. 

Agora, todos os irmãos sentados nesta mesa, todos os irmãos ao nosso redor, todos nós sabemos que quando algo vai pra "baixo", nós somos os primeiros a cair. Não há dúvida em qualquer de nossas mentes, a única coisa que vai nos parar hoje é uma bala, e a cuspiremos de volta ... e mandaremos de volta. (aplausos) 

Como se move toda essa comunidade negra para a sobrevivência em um mundo que está claramente caminhando para um choque de cores. Isso é o que temos de nos perguntar. (áudio pulou)... organizar e orientar nosso povo para a ideologia Africana que fala da nossa negritude. Nada mais. Não é uma questão de direita ou esquerda; é uma questão de preto. Estamos falando do povo preto. 

Podemos começar a pegar os laços de resistência que os nossos antepassados deixaram pra nós. E a menos que começamos a compreender o nosso povo como povo, nós não vamos fazer isso, porque eles vão nos separar e nos dividir. Isso significa que, conscientemente, temos que começar a organizar o nosso povo. Organizar o nosso povo! Organizar o nosso povo! Organizar o nosso povo! Organizar o nosso povo! Nada mais! Organizar o nosso povo! O nosso povo! Não temos tempo para eles, todo o nosso suor, todo o nosso sangue, a nossa vida deve ir para o nosso povo. (aplausos) Nada mais. Nada mais. Compreenderemos isso conscientemente. 

Nossos jovens devem ser organizados com uma perspectiva revolucionária. A perspectiva revolucionária diz que estamos lutando uma guerra de libertação. A fim de combater em uma guerra de libertação, você precisa de uma ideologia de nacionalismo, que não temos neste país. O nacionalismo não pode ser senão o nacionalismo negro. É insano pensar em qualquer outra coisa. Nacionalismo negro tem que começar a ser a nossa ideologia.

Nos organizaremos conscientemente nas nossas comunidades, e nós reconheceremos hoje porque estamos organizando: não temos o dinheiro para alimentar o nosso povo, por isso não adianta dizer que "organize-se, e podemos obter um emprego." Nós não podemos nos empregar. Eles controlam os empregos. Isso é um fato. Não há razão para você se sentar, é apenas mais um motivo para você lutar. Pensar que não se pode dar ao seu povo um trabalho, isso é mais uma inspiração para lutar para que possamos dar-lhes um emprego, em vez de sentar-nos e dizer: "Os honkys nos dominou em toda extremidade." Eles não são Deus. Somos uma bela raça de pessoas, podemos fazer qualquer coisa que nós queremos fazer. Tudo o que temos a fazer é nos levantar... (aplausos) ... nos levantar... lutar ... nos levantar e lutar!

Agora, então nós temos que discutir muito friamente a questão de rebeliões. É fato que eles estão preparados para enfrentar rebeliões em qualquer lugar nas cidades. Agora, o que vai acontecer se um de nossos irmãos for morto? O que acontece se eles avançarem e derrubar Huey Newton? Devemos desenvolver táticas que causem o máximo de danos a eles com pequenos danos a nós. (aplausos) 

E quando nós nos movermos para aquela arena, significa que esta comunidade negra deverá estar organizada. Então, se Huey Newton vai, dez honkey policial vai por um homem negro nesta comunidade, porque se o honky faz, ele vai também...(aplausos) ... ele vai também... ele vai também.  

Isso significa em nos organizar para causar o máximo de danos contra eles e o minimo contra nós, devemos estar conscientes do fato de que haverá pessoas em nossas comunidades que estão fazendo exatamente isso. Em nossa comunidade, não vemos nada, não ouvimos nada, não sabemos nada... (aplausos)... não vemos nada, não ouvimos nada, não sabemos de nada. 

Agora, as perguntas dos agentes estão se tornando uma questão onde eles estão nos deixando paranoicos. Não podemos tornar-nos paranoicos, porque o que eles podem fazer é nos impor medo para não lutarmos mais.

Vamos planejar o que vamos fazer. Se um agente é encontrado, não há dúvida: ele vai ser derrubado de tal maneira que qualquer outro homem negro que deseja falar com o honky pensará três vezes antes de 'caguetar' pra um homem branco sobre nossa comunidade (aplausos)... nossa comunidade. 

Nosso povo tem demonstrado uma vontade de lutar. Nosso povo tem demonstrado a coragem dos nossos antepassados para enfrentar os tanques, armas, cães policiais, com tijolos e garrafas. Isso é um ato de coragem! Nós temos que reconhecer isso! (aplausos) E já que nosso povo tem demonstrado uma vontade de lutar, a questão é como podemos organizar nossa luta para nos tornamos os vencedores? (aplausos)... pra então nos tornarmos vencedores. Se uma grande rebelião está por acontecer, o nosso povo pode ou não tornar-se os perdedores; mas se um pequeno grupo está a causar o máximo dano, continuamos por cima... (aplausos)... permaneceremos no topo. Isso é o que devemos entender, conscientemente entender! Não é uma questão do que eles poderiam fazer, é uma questão de como e quando eles vão fazer. Isso é tudo o que está na mente deles ... isso é tudo!

Para nós, a questão não está mais no Vietnã, a questão é como podemos proteger os irmãos que não vão para o Vietnã mas vão pra cadeia? Essa é uma questão que temos de enfrentar em nossa comunidade hoje. De modo que quando um irmão diz: "Não!", muita gente naquela comunidade em torno dele que se atreveu a ir eles vão enfrentar o máximo dano em sua comunidade... (aplausos)... dano máximo. 

Estamos falando de sobrevivência. Nós estamos falando de um povo cuja cultura inteira, cuja história inteira, cujo o modo de vida foram destruídos. Estamos falando de um povo que tem produzido neste ano guerreiros - uma geração de guerreiros - que vão restaurar no nosso povo a humanidade e o amor que temos um pelo outro. (aplausos)... isso é o que estamos falando hoje. 

Nós estamos falando de nos tornar os executores dos nossos carrascos. Por exemplo, você deve dar um monte de dinheiro para aquele fundo de defesa, porque embora parte do dinheiro vá para as coisa de tribunais, o resto do dinheiro vai pros executores, de modo que se executam Huey, no final essa execução repousa em nossas mãos... (aplausos) em nossas mãos. É simplesmente uma questão de um povo que controla tudo: eles nos fazem brigar, nos fazem roubar, nos julgam, eles nos colocaram na prisão, nos dá a liberdade condicional, depois nos prende de novo. 

Onde, em nome de deus, é que vamos exercer qualquer senso de dignidade neste país? (aplausos) Onde? Onde? Onde? Onde? O que, em nome de deus, nós controlamos, com exceção da Igreja, cuja ideologia é baseada para ser compatível com este sistema que é contra nós? Onde, em nome de deus, exercemos qualquer controle como um povo cujo ancestrais eram as pessoas de nosso maior orgulho que caminharam sobre a face da terra? Onde? (aplausos) Onde?

Onde, eu pergunto, onde, em todos os lugares que o branco passou, ele controlou o nosso povo. Na África do Sul, ele rouba o ouro de nosso povo. Nas Índias Ocidentais, ele rouba os materiais de nosso povo. Na América do Sul, onde se dispersa nosso povo, ele está nos estuprando. Na América, ele nos estupra. Em Nova Escócia nos estupra. Onde, em nome de deus, que vamos encontrar um pedaço de terra que pertence a nós para que possamos restaurar a nossa humanidade? Onde é que vamos encontrá-lo, a menos que essa geração comece a se organizar para lutar por isso... (aplausos)... para lutar por isso! E se essa geração começa a lutar, não pode haver elementos perturbadores em nossa comunidade, não pode haver nenhum, não vamos tolerar nenhum, não haverá interrupções. Qualquer pessoa que lute pelo seu povo, nós colocamos nossas vidas em risco com a deles. (aplausos)

Huey Newton lutou pelo nosso povo. Depende das pessoas negras para que Huey Newton se torne ou não livre... de ninguém mais... ninguém mais. Outras pessoas podem ajudar, mas a decisão final do irmão Huey depende de nós! Ele não dedicou sua vida para outras pessoas, ele dedicou para nós! (aplausos)... para nós! E se ele fez isso, devemos estar dispostos a fazer o mesmo, não só para ele, mas para essa geração que vai nos acompanhar. (aplausos) 

Conscientemente, devemos entender a organização de todos os elementos da nossa comunidade, esse trabalho deve começar. Isso significa que as pessoas devem estar dispostas a dar dinheiro para um organizador que esteja disposto a gastar 24 horas por dia na organização. Ele não pode organizar a partir do Programa de Pobreza, porque esse programa quer controlá-lo. Isso significa que as pessoas têm de contribuir de forma consciente para o seu povo. 

Deve! Temos que mandar todos os exploradores pra fora de nossas comunidades por qualquer meio necessário... (aplausos)... qualquer meio necessário. Você se pergunta: se você fosse branco, por que você iria querer ser um policial em um gueto negro de hoje, quando você sabe que estão te caçando? se você não fosse doente da mente e sentisse que você era tão superior, que você tinha o direito de governá-los? Por que você quer um péssimo salário de $5000 por ano de trabalho quando você branco pode fazê-lo na sociedade? Por que você quer o trabalho como policial, se você não era doente? Diga-me: você quer estar em sua comunidade se eles estavam prontos para matá-lo por US $ 4000, $ 5.000, seis mil dólares por ano? Temos que entender a política desses honkys em nossa comunidade. Eles estão lá para patrulhar e controlar. Isso é tudo.

Nós vamos fazer o patrulhamento, vamos fazer o controle. Estamos construindo um conceito de unificação. Não nos importamos com os honkys, mas se na construção desse conceito de unificação, os honkys entrarem no nosso caminho, eles têm que cair! Não há nenhuma dúvida sobre isso!... (aplausos)... não há dúvida sobre isso! Não há dúvida sobre isso! Não estamos preocupados com o seu modo de vida, estamos preocupados com o nosso povo. Queremos dar ao nosso povo a dignidade e a humanidade que conhecemos como nosso povo. E se entrar no nosso caminho, serão destruídos... eles serão mortos. (aplausos) Nós não estamos preocupados com o seu sistema, queremos a nossa forma de vida, e vamos para obtê-lo. Avante para obtê-lo ou ninguém vai ter paz nesta terra ...(aplausos)... sem paz nesta terra.

Agora, finalmente, antes de sentar-me, deixe-me dizer duas coisas. Eu quero ler uma declaração que o irmão Huey P. Newton escreveu ontem, quando eu fui visitá-lo na cadeia. Ele diz: "Como a polícia racista intensifica a guerra em nossas comunidades contra as pessoas negras, reservamo-nos o direito de auto-defesa e de máxima retaliação."(aplausos) 

Tudo que falamos hoje estava centrado em torno do irmão Huey P. Newton, porque todas as coisas de que falamos esta noite exemplifica o que ele estava tentando fazer. Agora, nós temos que entender uma coisa. Não devemos ir pra cadeia pelo que nós dizemos. Eles fizeram isso com o irmão Malcolm X: eles o matou pelo que ele estava dizendo. Nós temos que progredir como uma raça, irmão Huey pode ou não ter dizimado aquele honky, mas pelo menos mostra uma progressão. Pelo menos não estamos morrendo pelo que dizemos, estamos pelo que fazemos. Entenda esse conceito! (aplausos) Quando eles mataram irmão Malcolm, não fizemos nada, se eles matarem o irmão Huey, temos que revidar!... (Aplausos)... temos de revidar! ... Temos de retaliar! 

Você acha que qualquer outra raça iria deixar as mortes correr e o resto se sentar? Onde, em nome de deus, se encontra uma raça de pessoas assim? Nós perdemos, nos últimos cinco anos, alguns dos nossos melhores líderes: Lumumba, Malcolm X... afastaram o irmão Kwame Nkrumah e não fizemos nada! (aplausos) não fizemos nada! 

Enquanto eles estão destruindo os nossos líderes, eles pegam nossa juventude e envia para o Vietnã, ou envia para a Coréia. Estamos sendo lentamente exterminados. Devemos retaliar, devemos lutar pela nossa humanidade. É a nossa humanidade que está em jogo, não é uma questão de dólares e centavos. E vamos sobreviver porque sobrevivemos o que eles não poderiam sobreviver. Isso é fato! Nós sobrevivemos a escravidão; nós sobrevivemos sua Reconstrução fútil; nós sobrevivemos a Primeira Guerra Mundial; nós sobrevivemos a Depressão; nós sobrevivemos durante a Segunda Guerra Mundial; nós sobrevivemos após a Segunda Guerra Mundial, quando eles nos expulsaram dos empregos no Norte; nós sobrevivemos durante a guerra da Coréia; vamos sobreviver. Nós vamos sobreviver, não há nenhuma dúvida sobre isso em minha mente, sem dúvida...(aplausos)... sem dúvida nenhuma.

Nós vamos sobreviver. O nosso problema é desenvolver um amor eterno para o nosso povo... um amor eterno para o nosso povo. Devemos estar dispostos a dar os nossos talentos, nosso suor, nosso sangue, a nossa vida para o nosso povo. Nada mais! Não este país, o nosso povo! Nosso povo! (aplausos) Temos que desenvolver o conceito de que cada negro (Negro) é um potencial homem negro (Black man). Não alienaremos nossos aliados em potencial. Vamos trazer o nosso povo para casa! (aplausos) Vamos trazer o nosso povo para casa! 

Devemos entender o conceito de que, para nós, a questão da comunidade não é geografia, é uma questão nossa: os negros, onde quer que estejamos. Então, temos que conscientemente nos tornar parte dos 900 milhões de pessoas negras que estão separadas neste mundo. Fomos separados pelo homem branco. Nós somos sangue do mesmo sangue e carne da mesma carne. Nós não sabemos quem é a nossa irmã, quem é nosso irmão, ou de onde viemos. Tiraram-nos da África e colocaram milhares de quilômetros de água entre nós, mas eles esqueceram: sangue é mais espesso que a água e então estaremos unidos! (aplausos) Estamos juntos! O sangue é mais denso do que a água. O sangue é mais denso do que a água. Somos um povo africano com uma ideologia Africana. Estamos vagando nos Estados Unidos. Vamos construir um conceito de unificação neste país ou não haverá nenhum país... (aplausos)... ou não haverá nenhum país.

Como término, irmãos e irmãs, o irmão Huey P. Newton pertence a nós, ele é carne da nossa carne, ele é sangue do nosso sangue. Ele pode ser o bebê da Sra. Newton, mas ele é nosso irmão...(aplausos) ... ele é nosso irmão. Nós não temos que falar sobre o que vamos fazer. Se estamos preparados conscientemente e conscientemente dispostos a apoiar aqueles que preparam. Tudo o que dizemos: irmão Huey será posto em liberdade. (aplausos)

 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Roleta Macabra FC- letra com observações

Facção Central música --> Roleta Macabra com algumas observações que fiz de acordo com minha interpretação. Pra quem curte o som do Facção e já viaja nessas letra.

Quando se é abordado pela policia nunca se sabe o que vai acontecer, todos na periferia têm receio de ser enquadrado pela policia, pois a roleta (russa) macabra pode sortear qualquer um a qualquer hora, estamos "nas mãos" dos matadores forjadores vermes psicopatas.
Por Carlos R. Rocha
Letra
Freddy Krueger teria medo do cenário, zona sul, Grajaú madrugada, São Paulo. (sobre um enquadro policial no breu)
A roleta macabra sorteou nosso número, giroflex projeta o slide de dois túmulos
(foram os escolhidos da noite, e já em pé no enquadro a sombra deles projetada no chão ou na parede pelo giroflex da viatura representa os 2 que serão executados)

Tribunal cinza, com um juiz, três de júri, nosso crime, rap no último volume
(Na viatura tem 4 gambé, os 3 gambé juri julga, o gambé juiz decreta e é o que vai executar mais 2 inocentes, pois só estão ouvindo rap)

O que vai proferir a pena
Bombou no psicotécnico
é pm porque uma liminar
Garantiu o ingresso
(Isso relata que esses matadores têm problema mental, - não é a toa que eles matam por matar - já diagnosticado anteriormente nos exames, mas através de recursos eles exercem a função)

Não vamo ser na ouvidoria uma das três mil denúncias que vai entrar no programa de proteção a testemunha
(Já que serão assassinados não terão a chance de denunciar os abusos dos pm, ainda vale ressaltar o número de denuncias que normalmente acabam em impunidade)

Cadê a lesma da hora da ocorrência? Em 10 segundos tô no chão com algemas

Madame o monstro que tira a sua aliança na faca, tem a ficha menos quilométrica que o cusão de farda (quando vão perceber isso? Nunca, pois a policia mata com apoio da opinião publica)

Na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da assembléia legislativa, em 90% do crime organizado tem polícia
Com salário de delegado,(possuir um) lamborghini diablo?, 
(como???--->)na gaveta documento pra esquentar carro roubado

A pm pune o militar que não engraxou a bota, mas não
O que estoura de 762 sua veia aorta (se liga nos valores)

Coronhada, bafo de Whisky não fugiu do script, não
porra não tamo pedido, não temo arma, haxixe
(Não mudou nada da maioria das abordagens na periferia, os gambé bem loko cheirados ou bêbados agindo com extrema violência contra inocentes que não tinha nenhum b.o, e mesmo se tivesse a ação desses pm estaria da mesma forma errada)

(Dum Dum)
No rádio averiguaram que eu tenho passagem, no IML vão me reconhecer pela tatuagem

(Refrão)
Plá, Plá, Plá sinto o cheiro de túmulo, a roleta macabra sorteou nosso número. (4x)

(Eduardo)
Lei 9455 tortura, (só) dá Romão Gomes se a tv chocar a opinião pública
(Os atos de tortura praticados pelos gambé só darão prisão "Romão Gomes" se tiver repercussão dos grandes meios de comunicação, ou seja, se acontecer algo com os boy... tortura na lei 9455/97 é constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental; Pena - reclusão, de dois a oito anos; O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.)

Cultura desde o século XIX intacta, pro escravo da
América XX, aqui 200 chibatadas
(policia = capitão do mato)

DOI CODI ditadura, 64 à 85, no tapete (na muquia) sumia mais um preso político

Gambé matou inocente tem pena administrativa suspensão de 30 a 90 dias ( isso é pena??? a impunidade continua intacta desde o passado)
Já o parente que interdita a rua com pneu queimado pega 10 anos por associação ao tráfico (quando a policia mata alguém na periferia, as vezes, resulta em protestos na região, que a mídia adora divulgar como manifestações orquestradas pelo crime organizado, então quem mata é afastado da corporação, e quem vai cobrar nas ruas é que vai preso... os genocidas sempre bem articulados)

A arma é um engenho mecânico, depende da ação humana, só no Brasil tem disparo acidental toda semana (quando não forjam troca de tiros, vem com essas de disparo acidental... acidental que reparte o coração no meio?) 

Pra anistia internacional a polícia brasileira, é a que mais executa no planeta. 

O covarde que fuzila 111 no Carandiru, a paisana anda com a funcional no cu

Kevin Costner, guarda costa, pelo boy dá a vida, mas sem bico de vigia é fome com a família (vitima do mesmo holocausto, mas lambe o saco do executivo)

Se filmar um do DAS, interrogando suspeito, Denzel Washington perde o Oscar em dia de treinamento

(Dum Dum)
Ai Eduardo, o dp não é nessa direção
(Eduardo)
Porra Dum dum
Os ratos saíram da sua jurisdição
Não vamo ser Múmia Abull Jamal esperando justiça (sobre os CDP's)
Vamo ser degolado como Lampião e Maria Bonita
(Agora, já no corró da viatura eles percebem que não serão presos, mas sim executados)

(Refrão)
Plá, Plá, Plá sinto o cheiro de túmulo, a roleta
Macabra sorteou nosso número. (4x)

(Dum Dum)
Toxicológico é pouco pra admissão do soldado, o certo é o laudo do manicômio judiciário
(o exame toxicológico serve para encontrar indícios de exposição ou ingestão de produtos tóxicos, drogas de abuso e substâncias potencialmente causadoras de intoxicações, mas é insuficiente pois ainda na ideia dos problema mental dos gambé, o exame teria que ser outro.)

Vida contraditória, sabia a hora do malote, era catar o gerente esperando o carro forte
Mas não quis minha mãe com faixa pedindo justiça registrando meu sumiço na delegacia
Pensei que com holerite, profissão, não tinha troféu pela minha ossada no rabecão
(Mesmo tendo em mente uns plano de assalto, não optou por esse caminho, pois sabia que a chance de sua coroa chorar era grande, mas não teve jeito mesmo trampando a roleta macabra o sorteou)

Com sorte nos apresentam como membro de facção, com
AR15, Nextel em volta do brasão

(com sorte o) Promotor lê o que o médico põe no relatório, rigidez
Cadavérica, mais de três horas de óbito. (pode ter dado rolê com os corpos)

(Eduardo)
Levam o corpo pro PS, pra quebrar a perícia, sem residuográfico quem prova que eu não atirei na policia (alteram a cena do crime para dificultar as investigações... o exame residuográfico que revela se tem ou não vestígios de pólvora nas mãos com o passar do tempo tende a ficar impreciso... ou por outro lado nem fazem esse exame)

Na criança bala perdida, ritual que sacrifica, como a Seita demoníaca dos meninos de Altamira

Qsl Copom, não tem pm pra missão, tão refinando, pesando, fazendo endolação ( <--- tão "bem" ocupados)

Um morto a cada 9 horas da policia paulista é 50 vezes maior do que da nova iorquina

(momento da execução)
Pararam (a viatura num) puta breu, vixi (já era), é algodão na boca, ajoelha Zé 12 na testa, BUM, a queima roupa

Deus não perdoe eles (os verme pm), pois eles sabem o que fazem, pra
Farda podre punição, em baixo de uma lápide (túmulo)

Outras dos Facção:
Música - Homenagem Póstuma - Facção Central
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/musica-homenagem-postuma-faccao-central.html

Música - Tecla Pause - Facção Central
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/musica-tecla-pause-faccao-central.html

Música - Aonde o filho chora e a mãe não vê

http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/06/musica-aonde-o-filho-chora-e-mae-nao-ve.html



domingo, 6 de julho de 2014

Enquanto houver racismo a marcha fúnebre prossegue

“Te falo quanto custa sua vida em dólar, euro e real, até a morte aqui tem variação cambial”.

Por Miguel Ângelo

Que vida vale mais?
A polícia militar não mata em decorrência da falta de competência da polícia civil, vocês erraram! Peguem os BO’s de auto de resistência de 2012, mais de 70% são forjados. Jovens pretos, pobres e periféricos sendo mortos com 38 e 380 taurus e colt forjadas, armas de brinquedo (mano, tem um irmão que foi morto segurando um boné, enfiaram isso no BO!), daí pra pior. Quem tem a ficha limpa toma tiro e quem já foi preso também toma tiro. O sistema carcerário tá bombando, o que me dizem disso? Então os mais de 24 mil jovens pretos assassinados anualmente pagam uma grana para o delegado liberar antes de morrer na rua? Vocês tem ideia de quanto custa um achaque da policia civil? 300 mil na média, esses jovens tem essa grana? Ora, nem quem explode carro-forte com ponto 50 tem tanta grana assim.

Sabe o que é mais complexo? Eu lhes digo, todas as informações que possam identificar testemunhas e policiais envolvidos são omitidas nos BO’s. Os telefones não funcionam, os documentos têm números em falta, os endereços não constam.

A PM é a corporação mais comumente envolvida em ocorrências de desfecho letal contra civis, e isso pode responder o sentido de sua negação em responder pesquisas que contribuam com o processo de produção e análise de indicadores criminais, como a do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2011.

Segundo o Anuário Nacional de Segurança de 2012;
“(...) não temos estatísticas confiáveis sobre tais mortes e, tampouco, métricas capazes de avaliar o impacto dessas mortes no desenho e implementação das políticas de segurança pública e nos padrões operacionais das polícias brasileiras”.

 O Cabo Bruno conta a maior história da carochinha para não entregar o Conte Lopes e ninguém sacou. Ele recebia grana para matar, ninguém suspeitou disso? Ora, dizer; “eu mato porque a civil não prende” é o cúmulo do absurdo, e ainda tem uns iluminados que dizem; “Nossa, veja como a explicação está mais embaixo blá blá blá...” Faz todo sentido a FAPESP financiar vocês afinal, não estão ai para nada. Querem os fardados sendo responsabilizados? Querem ajudar essas famílias que foram destruídas pela PM a serem indenizadas pelo Estado? Querem títulos, né? Vocês tem sangue de jovens pretos nas mãos, meus parabéns.

Ai, mais de 70% das pessoas mortas pela polícia são jovens pretos, certo? Errou novamente, são mais de 80%, mais de 90% talvez. Todos os autodeclarados “pardos” viraram “brancos” nos BO’s, sabe o que é isso? E-M-B-R-A-N-Q-U-E-C-I-M-E-N-T-O, sacou qual é das fita?

É culpa da Polícia Civil é a melhor maneira de dizer; “Eu só queria fazer meu trabalho”, logo é um discurso produzido dentro de cada batalhão para responder pelas mortes depois. Alias alguém já ouviu um depoimento de um PM na Romão Gomes? É assim, “Matei em uma resistência e falhei com a corporação”, “Como eu ficava transtornado com aquele contexto e não conseguia manter as pessoas presas..”. Ai, na boa, prevalece o discurso dos que não estavam no alto escalão das mortes, quantos da Tática estão lá? E da ROTA? Ora, não vale de nada o discurso de quem está lá então.

A BRANQUITUDE ATRAVESSA POR AI. O GATILHO É EMPURRADO PARA TRÁS EM RAZÃO DO RACISMO! TIREM-LHES AS ARMAS E LHES DÊEM UMA CANETA BIC, ELES IRÃO INTOXICAR O POVO PRETO COM TINTA DE CANETA!

Houve 546 pessoas mortas em conflito com a Polícia Militar (PM) em 2012, mas porque há mais de 1000 bo’s com ocorrência de auto de resistência/resistência seguida de morte? Ora, eliminando uma boa parcela de “homicídios ocultos” mais de 20% dos homicídios ocorridos no Estado foram causados por PM’s fardados (se calculássemos os homicídios cometidos por PM’s e PCivis não fardados quantos restariam para os “bandidos perigosos uhhhh”?). 

Embaçado, e hoje ainda a saúde e a segurança ficam em caixinhas distantes uma da outra e com um diálogo quase inexistente. Sabemos que a política de segurança pública do país é altamente produtora de doença, ainda mais ao povo preto, mas isso parece não ter desdobramentos políticos.

Não parece ser uma questão da sociedade, mas sim uma questão só do povo preto, como se o branco nada tivesse haver com isso; “Sim, existe racismo, mas eu não sou racista, conheço muita gente racista, mas eu não sou. Tenho até amigos negros, e olhe que eles são honestos, viu”.

Realmente a sociedade trabalha assim as questões dela, a segurança em uma caixa, a saúde em outra, o povo preto em outra.

Ai que tá, o projeto societário de hoje é ganhar a copa. Nossos jovens não recebem voadoras nas vértebras, recebem tiros de ponto 40 e a negação de assistência médica do Estado. Esse mano que está arrancando solidariedade de vocês não é o mesmo que quando questionado sobre o racismo disse que não sofria; “afinal, eu não sou negro, não é?”.

Conta os gols da playboyzada então;
Mortes por intervenção policial no 1º trimestre de 2014
Capital 85
Estado 156

Tá feliz? Tá fazendo o que para mudar isso?
Aproveita ai e questiona os mais de 500 mil presos políticos que não são brancos, nem universitários, é capaz disso? Não, né? Sua branquitude responde assim; “Mas esses são presos comuns...”.
Esperar o que dessa esquerda branquinha pequeno-burguesa?

Música - Homenagem Póstuma - Facção Central

Música --> Homenagem Póstuma, com algumas observações que fiz de acordo com minha interpretação. Pra quem curte o som do Facção e já viaja nessas letra. Essa música é um tributo aos que morreram invisibilizados oriundos das periferias, não tiveram a comoção midiática e nem o 1 minuto de silêncio em nenhum evento.

Queriam laqueadura em massa na periferia, como não podem dão pros filhos rojão da marinha. (Desde muito tempo a elite branca vem planejando o genocídio dos pretos, dos pobres e residentes da periferia, muito basicamente falando, movidos pelo ódio e o preconceito. Assim como a laqueadura (um processo onde a mulher não pode mais reproduzir) não foi capaz de ser aderida, eles procuraram outras formas pra dizimar nossa etnia, chegam com armas pra esses que nasceram (já que não puderam evitar) para que eles (a elite e o Estado) possam ter uma brecha para nos matar, e para que muitas vezes nós mesmo nos matemos entre nóis. Vale enfatizar a origem dessas armas, que nesse caso citou-se a marinha. Então, eles dão as armas depois vem buscá-las deixando corpos no chão, e ainda lucram com tudo isso.
Sem quarto alô bebê, andador, velotrol, nascido pra ser a experiência no vidro com formol. (Se vencer o alto índice de mortalidade infantil, ainda não terá o kit básico pra uma boa infância, caso contrário terá conservado o feto num vidro para pesquisas)
O projeto da high society da hípica é xerocado em Hanói no massacre dos vietnamitas. (Hipismo é um esporte elitizado, onde os frequentadores são da 'alta sociedade', sendo essa a classe dominante que projeta o genocídio do povo pobre, a copiar o massacre em Hanói, capital do Vietnã, onde os soldados dos Estados Unidos executaram centenas de pessoas)
Pro conselho de sentença, pobre pro júri não é sorteado, aqui a Al Qaeda veste terno e não assume o atentado. 
(rico passa pano pra rico e tem um puta ódio de pobre, sendo assim nos ataca e extermina em várias esferas sem assumir suas intenções/ seus planos) (e eles nos..--->) Nos colocaram atrás da porta de aço temperado, sonhando com a remição por três dias de trabalho. (ao dizer porta de aço temperado, refere-se aos regimes mais rigorosos de encarceramento, como o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) onde o aprisionado fica isolado e inconstitucionalmente perde diversos direitos, dentre eles a remição pois não se pode estudar nem trabalhar.)

A meta é seu quintal com AK, na lata enterrada, seu cultivo de skank em estufa com temperatura controlada. 

Que divã cura o trauma da mãe presidiária, que amamenta a filha 4 meses pra ser adotada? 
(Que divã cura o trauma) da empregada que rouba o resto do prato do patrão, pra noite os filhos ter uma refeição? (Divã é o sofá que normalmente é utilizado em consultórios de psiquiatras. Então, além do sofrimento com a violência física, a violência psíquica é também muito pesada, que mesmo se não tivesse a ausência de tratamento seria muito difícil a cura)

Corrige Gênesis (passagem biblica), há trevas na face do abismo, e arde no interno da Febem em forma de fogos de artifício. 

Burguesa é tarde pra bloqueio dos bens da quadrilha vão te explodir de Igla (míssil), ouvindo a freqüência da polícia. 

É seu juízo final, caveira com foice, por seus assassinatos por motivos torpe. Vingo o morto sem protesto, com as tripas a mostra, expondo o homicida intelectual nessa homenagem póstuma.
(a caveira com foice pra falar de morte, mas uma morte em forma de justiça contra o homicida intelectual, a elite, os de terno, os de farda)
(Refrão)
Pros mortos sem protesto, flores em memória, aqui é o seu minuto de silêncio, sua homenagem póstuma.

Fim de semana os coveiros abrem covas com antecedência pra atender a demanda da segunda-feira. 
Tem caixão pro catolicismo, espiritualismo, budismo, protestantismo, candomblé, islamismo, judaísmo. 

É a era pré-histórica na era tecnológica que num click o ladrão destrava a porta giratória. 
Que o satélite fotografa em alta definição a favela pra noite o GOE ser o pivô de outra tragédia. (como pré-história, as causas e a violência em si. A tecnologia é apenas uma ferramenta a ser utilizada, aqui não representa nenhuma evolução) (pra noite: a policia covarde normalmente escolhe esses horários pra agir, sendo que foi algo planejado... e na ação--->) Vai degolar o traficante criado pela vó, que herdou do pai o controle da venda do pó. 
Ou soltar sinalizador, mostrar localização, pras motos da rocan vir a milhão, salvar os cusão. 

Boy nem filtrando seu sangue ariano tem pureza racial, é igual do bebê sem enxoval, no Amparo maternal
Seus ossos não são de ouro se misturam no ossuário, com o esqueleto do 157, no águia 5 pendurado. (refuta qualquer ideia de raça suprema)

A humanidade prefere Barrabas do que Cristo (nos preferem criminosos do que inocentes), por isso gastando um milhão de dólares um boy tá protegido. 
Então que se foda Medina, Silvio Santos, Olivetto, Wellington Camargo, Girz Aronso no cativeiro. (ricos que foram sequestrados, que muitos se comoveram)
Não me emociona seu caso notório no noticiário, enquanto 10 boy na tv, aqui 5000 mortos no anonimato. 
(os destaques da mídia nunca foram voltados pra periferia mas me parece que a periferia é a que mais dá ibope, basta acontecer algo com o boy que a cobertura é completa, mas quem faz a cobertura pela favela? O Rap, que não naturaliza os acontecimentos nas favelas) 
Minha dor só ecoa no Atlas da exclusão social do país (periferia), no cemitério de Perus, Vila formosa, São Luis. (<--- nesses cemitérios são enterrad@s @s favelad@s)

(refrão)
Pros mortos sem protesto, flores em memória, aqui é o seu minuto de silêncio, sua homenagem póstuma.

A mãe mantém arrumado o quarto do falecido, roupa dobrada, fotos, como se estivesse vivo. 
Ninguém morre enquanto num coração é inquilino, li numa coroa de flores e a frase faz sentido. 

A campanha do desarmamento não é pelo fim do crime, é R$ 100.00 pela PT pro rico não boiar na (represa) billing´s. 
A suástica (nazista) é invisível mas tem microscópio meu olho, vê quem tem a célula da Gestapo (policia nazista) no corpo. (A SS agora veste o cinza da PM)
Todo boy carrega o genes de Saddan Hussem, se pudesse açoitava, decapitava 300 mil também. 

Um minuto de silêncio pro condenado sem prova, pro que faz juiz refazer nariz com cartilagem das costas. 
(Um minuto de silêncio) Pro que no desembarque ganha o turista, pra de teneree, roubar ele e o taxista. Pro que espera cobertor da Pastoral da rua, pro nóia que o disque droga traz a domicilio a loucura. 
Pro Carandiru que não é Guinness por equivoco, não contaram os presos no caminhão de lixo. (No massacre do Carandiru o número oficial divulgado foi de 111 mortos, porém muitos corpos foram retirados em caminhão de lixo, talvez daqueles que não tinham afamilia por perto, assim nem foi notado o desaparecimento)

Todo muçulmano um dia vai a Meca, todo boy no porta-mala um dia vai na favela. (todo muçulmano com boas condições econômicas deve ir pra uma peregrinação, obrigatória, à Meca, aqui todo boy, todo rico deve ir obrigatoriamente pra favela, sequestrado!)

No Éden moderno a Caixa Econômica Federal, financia casa em bairro seguro pro cu policial. 

Senhor, guie a ficha no pronto socorro, mostre a luz pro pardo aparentando 20 anos, morto.
(Nos casos de "autos de resistência ou "resistência seguida de morte", que as policias forjam e modificam a cena do crime para atrapalhar as investigações, as vitimas chegam no hospital já mortas, se na ficha constar isso e outros detalhes, pode provar que foi execução. Reparem no perfil das vítimas da policia assassina: 'pardo aparentando 20 anos'. Enfim, acharam a brecha pra efetivar o genocídio e continuarem impunes, além dos grupos de extermínios que saem dos batalhões, ou de policiais exonerados)

* uma outra interpretação seria 'aparentando 20 anos morto', expressão usada pra indicar que já tava morto faz um tempo, os gambé deu rolê com o corpo, mas a de cima é a mais coerente pois se diz aparenta 20 anos porque a identidade da vítima é desconhecida ou omitida.

Pros mortos sem protesto, flores em memória, aqui é o seu minuto de silêncio, sua homenagem póstuma.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Regime Decepa Direitos (RDD): e os abusos na constituição

O texto a seguir é proveniente do grupo de estudos feito em 28/06/2014 no bairro do Grajaú, São Paulo-SP

Regime Decepa Direitos, mais conhecido como Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) é uma ferramenta que permite uma punição mais rigorosa do que a aplicada num regime comum de privação de liberdade. Nesse regime os aprisionados sofrem diversas restrições sendo a maioria delas inconstitucionais, violando assim, os direitos dos presos.


Por:
Priscila Costa - Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica
Carlos R. Rocha - Fórum de Hip Hop MSP
Miguel Ângelo - Fórum de Hip Hop MSP


Muitas vezes costumamos dizer que vivemos em uma ditadura. Sim, o povo preto vive em uma ditadura. O que temos? Uma forma de pensar o Estado que é baseado na lógica de países que não passaram por um modo de produção baseado no trabalho escravo (acumulação primitiva do capital) e uma Carta Constitucional (Constituição de 1988) que, como todas as outras que vieram depois da abolição do trabalho escravo em 1888, que não reconheceu algo muito importante de considerar em um país como o nosso; O Brasil é um país onde nunca existiram pessoas com direitos e sim brancos com privilégios no topo da pirâmide e o povo preto na base sendo vítima de diversas estratégias sórdidas para ser destruído.

"Aí man@, não tem como abordar genocídio e não falar sobre o sistema de segurança publica (presídios, gambés, execução penal) devido o extermínio ser efetivado principalmente pelas ponto 40 do Estado e pelo encarceramento em massa, 'sem uma virgula de lei de execução penal cumprida'. As formas punitivas do Estado são perversas e inconstitucionais (ilegais), dá um liga no plano genocida do Estado que já se inicia pelo Centro de Detenção Provisória (CDP) - quando o Estado (juiz) ainda NÃO TE JULGOU e mesmo assim te punem, encarcerando, violando o princípio de inocência, dignidade e liberdade. Essa tática de prender antes de julgar (pré-condenação) foi criada em 2005 e desde então o número de man@s pres@s só tem aumentado anualmente, tanto em SP quanto no Brasil. A maioria d@s sofredor@s que vão parar em CDP's, rodam por tráfico. É importante ressaltar também que em 2006 com a lei 11.343/06 (uso e vendas de drogas ilícitas) o Estado pune com mais intensidade @s favelad@s que traficam, tornando tráfico crime HEDIONDO (O QUE É UM ABSURDO!) e amenizando e despenalizando @s boy que fumam um beck, assim como sempre @s classe merda saem de boa depois de colar na biquera e @s man@ na função é quem rodam, sendo torturad@s nas DP(delegacia), indo pros CDP's, passando mais 5 anos presos no inferno."

A partir dessas considerações podemos agora falar sobre o REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD), que foi criado depois de décadas e mais décadas (por que não séculos?) de tal mal social que nada mais é do que um desfecho da opção da playboyzada em criar duas sociedades no Brasil, a deles (minoria que conta os plaquês) e a nossa (o gueto, uma grande massa que mora aqui passando fome, sem educação e informação, trabalho, senzalas enormes aonde dias melhores não virão). Esse tal mal é a criminalidade, criminalidade essa que é produto das condições de vida que o povo preto, pobre e periférico foi condenado somando ao mercado da violência que enche os bolsos da playboyzada; cocaína, apólices de seguro, armas, noticiários racistas e preconceituosos de modo geral e um aparato fardado ou não que efetivam a roleta macabra. É evidente o objetivo desse regime, tendo-se em base a imagem de um criminoso destituído de humanidade não passível de reforma e readaptação social, o encarcerado deve ser excluído e segregado, viver em estado vegetativo, em um caixão onde ainda se respira.

O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) foi criado primeiramente em São Paulo em 2001 (Norma n°26) e foi uma resposta ao movimento dos jovens encarcerados pela real execução da Lei de Execução Penal nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Tem a função de garantir o bom funcionamento do estabelecimento prisional, ou seja, manter as pessoas presas com fome, frio, doentes sem tratamento, sem materiais de higiene pessoal, disputando centímetros de cela na faca. Logo, irracional sendo que é justamente pelo que realmente deveria ser a garantia do bom funcionamento do estabelecimento prisional que os jovens lá presos estavam lutando; a real efetivação dos direitos garantidos na Lei de Execução Penal. A partir de então passou a vigorar um novo tipo de pena, onde os jovens presos ficariam em celas individuais, sem assistência religiosa, educacional, trabalho e com apenas duas horas de banho de sol por dia, o que já é comprovadamente útil apenas para enlouquecer uma pessoa, apenas isso.

Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola)
"Quando fomos colocados dentro das celas, fomos sem nada, sem roupa, só com uma calça, uma camiseta e um chinelo, sem manta, sem nada, sem nenhuma condição humana. Não foi-nos dada alimentação."

Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola). Sobre sua chegada na Penitenciária Presidente Venceslau II onde ficou no RDD. Depoimento na CPI das armas em 08/06/2006. A essa altura ele já estava entre 6 e 7 anos em RDD.


"Se o CDP já é zuado esse se pá ganha em tiração. Consta em “pagar” a pena em regime fechado, sem contato com qualquer pessoa, somente com as paredes e a chapa de aço, com camêras até no banheiro, sem direitos, apenas com no máximo 2 horas de banho de sol por dia e visitas de apenas 2 horas por semana, sendo aplicado por um ano (360 dias), 1/6 da pena OU MAIS, por conta do ex-secretário de administração penitenciaria Nagashi Furukawa (esse mesmo porra foi um dos caras que fez desencadear o salve geral em 2006, por negar direitos aos aprisionad@s) juntamente com o ex ministro da justiça Thomas Bastos terem aumentado a
Márcio Thomas Bastos
quantidade de tempo para responder nesse regime.Essa mudança e a própria lei que descreve a pena de um ano em RDD vai contra a Lei de Execução Penal (LEP), 58 artigo diz: 'o isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exeder a trinta dias'. 
Pro Estado te foder nesse regime basta cometer um crime doloso, crime de risco a ordem e a segurança social e prisional ou atuar em 'organizações criminosas'”.

Mas de onde tiraram isso?

Em 1820 o Estado da Pensilvânia nos EUA (país onde há quase 2 milhões de jovens presos, mais de 70% pretos e pretas) utilizou esse modelo para punir os considerados de alta periculosidade e custodiar supostos lideres e integrantes de supostas organizações criminosas, também apenar crimes considerados de subversão da ordem pública. A receita é proibição do contato físico, inatividade forçada, inexistência de estímulos visuais, sonoros ou intelectuais que foram adotados na Eastern State Penitenciary. Quem defendia essa proposta achava que esse modelo de punição levaria uma pessoa ao remorso e a reabilitação. Após alguns anos de aplicação o que se conseguiu só foi o desiquilíbrio emocional, psicológico e mental de quem cumpriu pena nesse regime.

Aqui depois de anos jogando gasolina no inferno e negando sempre os direitos de quem está preso o Estado resolveu criar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) como a solução para a questão do sistema carcerário. Se por um lado a Lei de Execução Penal foi um avanço no papel por garantir direitos aos jovens encarcerados, por outro São Paulo voltou no tempo do trabalho escravo onde transformaram seres humanos em coisas. Tanto é isso que os jovens encarcerados em RDD voltariam ao sistema através de uma receita de disciplina severa (aceitação das regras impostas pela playboyzada que sustenta o sistema com sua indiferença) e as oportunidades de mudança de conduta no presídio (que oportunidades?).

Veja que curioso, o Regime Disciplinar Diferenciado não poderia ser discriminatório e nem ferir a Constituição da República (Garantias Fundamentais presente no artigo 5°), a Lei de Execução Penal, bem como normas e tratados de Direitos Humanos (é um atentado a normas como o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos de Nova Iorque de 1996, princípios que estão na Carta das Nações Unidas e nem atropelar as Regras Mínimas, no que diz respeito a proteção e tratamento do estado mental do preso), mas adivinhem, vai contra tudo isso!


"...Quer dizer, a gente não tinha cometido falta nenhuma que justificasse um regime mais rigoroso pra gente naquele momento. Nada foi dito à gente. Pra nós nada foi explicado. Simplesmente nos jogaram numa penitenciária sem as mínimas condições materiais pra nos receber."

Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola). Sobre sua chegada na Penitenciária Presidente Venceslau II onde ficou no RDD. Depoimento na CPI das armas em 08/06/2006. A essa altura ele já estava entre 6 e 7 anos em RDD.


O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) viola o direito à vida, à saúde, à honra, à imagem, ao nome à liberdade de expressão, à intimidade da vida privada e as regras que limitam a liberdade de locomoção da pessoa humana que constam na Constituição Federal, fora os textos internacionais. Segundo o artigo 5° da Constituição Federal, ninguém será submetido a tortura nem tratamento desumano e degradante, não haverá penas cruéis e deve ser assegurado a pessoa humana o direito à integridade física e moral, dentre outros direitos que garantem o bem estar de todos. 


Mas que sociedade é essa que eles acham que vivem? Como punição e disciplina pode ser a receita para regressar ao convívio comum ou com a “sociedade”? O mais foda de tudo é que esse regime é um flagrante ilegal! Devido causar destruição emocional, física, psicológica por conta do isolamento intensivo, desencadeando depressão, desespero, ansiedade, raiva, alucinação, claustrofobia, distúrbios afetivos.

Sempre que vem na mente a ideia avanço moral e espiritual na sociedade (a do playboy, e não o gueto que só reproduz) ela é pensada através do punir, foder o gueto, pois o lado de lá da ponte se sente o Vaps do momento, a perfeição em seu mundo branquinho e colorido.

Os presídios brasileiros trabalham com dois princípios incompatíveis para efetivar a pena: reprimir (como se isso produzisse ressocialização) e a ressocialização. Na prática é um depósito de seres humanos, especialmente de descendentes de africanos escravizados na diáspora (70% de todos os mais de 700 mil presos no país)

A norma da Secretaria de Administração Penitenciária (n°26) de São Paulo executada em 2001 tinha uma brecha que foi utilizada
Nagashi Furukawa
por juristas, a alegação do então Secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa era a de que sua norma se tratava de matéria penitenciária (o que não feria a Constituição Federal), quando na verdade era de matéria penal, ou seja, com as características do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) fica escuro que ele na verdade é outra pena.

Antes mesmo da norma 26 existia um Projeto de Lei (PL 5.073/2001) que mexia nas regras no interrogatório do acusado e de sua defesa efetiva, mexeu com normas penais e processual penal. Desse PL sai a base para criar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), ou seja, camuflada de norma específica da administração penitenciária, é na verdade uma nova condenação penal depois de já haver uma condenação rolando.

Em 2002 o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso tentou reverter essa incoerência com uma Medida Provisória (MP 28/2002). Porém, o Congresso Nacional foi contrário com base na Constituição Federal.

Devemos considerar que essas idas e vindas estão na lógica dos que fazem leis no país que, com base também na cultura do imediatismo, sempre foram contra as próprias leis constitucionais, deixando-as em segundo plano. É o que ocorre no sistema penitenciário brasileiro, a suposta inviabilidade de cumprimento da Lei de Execução Penal e a má gestão histórica do sistema são respondidas com leis cada vez mais severas e que não enfrentam a real questão colocada.

Para resolver os problemas da sociedade dos playboys (e só a deles) utilizam-se medidas anestésicas com uma política criminal cada vez mais repressiva para combater o mal que, na verdade, nada mais é do que o gueto, ignorando direitos e garantias que eles mesmos acordaram em outro momento para copiar os países ricos que eles sempre sonharam ser; França, Inglaterra, EUA etc.

Mas e essa tal criminalidade? Quem eu tiro do crime oferecendo uma arma ao invés de um livro? Quem eu tiro do crime oferecendo cadeia ao invés da efetivação de seus direitos sociais (educação, alimentação, moradia, segurança etc.)? Esses direitos estão na Constituição Federal, que tem seus equívocos como já comentado. Mas, se ela existe e é a Lei Maior, é um absurdo que a receita para a falta de direitos sociais seja o que está ai; celas superlotadas, isolamentos, tiros de ponto 40, cocaína, armas... Combater a criminalidade é exterminar o gueto na cabeça do playboy, e nunca efetivar nossos direitos, é apoiar tudo que ajuda a aumentar a violência nossa de cada dia e por fim nossa total insegurança que é maior com a presença do Estado, pois seus representantes fardados só trazem armas, drogas e muito, muito sangue para o gueto.

Entre outras coisas, a morte de dois Juízes de Execução Penal, no mês de março de 2003, em São Paulo e no Espírito Santo midiatizou (dispositivo de comoção da opinião pública que o playboy se utiliza para promover a repressão contra o gueto) a questão e provocou uma virada na Câmara dos Deputados que aprovou o Projeto de Lei (PL 5.073/2001) que seguiu para o Senado Federal, agora modificando vários dispositivos da Lei de Execução Penal, criando, com força de lei, o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Mesmo sendo classificada como inconstitucional pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária a lei passou a ser executada em âmbito nacional a partir de então.

Características do Regime Disciplinar Diferenciado

Segundo o artigo 52 o crime doloso constitui falta grave e justifica a aplicação do Regime Disciplinar diferenciado, assim como casos que ocasione a subversão da ordem ou da disciplina internas, estando sujeito o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal.

* O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) tem duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de 1/6 da pena aplicada.

* Recolhimento em cela individual com devido acompanhamento psicológico

* Visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas.

* O preso terá direito a saída da cela por duas horas diárias para banho de sol.

O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 

Estará igualmente sujeito ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) o preso provisório ou condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização.

Fica evidente a falta de precisão dessas hipóteses abrindo margens para interpretações dúbias. Quiseram "apagar o incêndio" de imediato, ou quiseram alimentar seus lucros com o apoio da opinião pública e politica, e conseguem mascarando a ineficácia desse regime, quer dizer, tatuar as cabeças d@s jovens na periferia não basta, tem que ter um regime decepa direitos... Ah, mas quem disciplina os abusos desse Estado genocida???

"...Ai eles falaram pra mim que, como eu sou o líder perante a imprensa, tinha que partir de mim, porque senão, no fim, como sempre iria sobrar pra mim. Isso foi conversado abertamente. Tinha uns 15 delegados, não só o Dr. Ruy da 5° Delegacia, estava lá e, como eu já havia dado dinheiro pra ele várias vezes...E eu tenho até como provar, não como testemunha, mas, se o senhor analisar alguns documentos, o senhor vai ver que são documentos contraditórios que ele fez, dizendo que eu não tinha nada a ver com o advogado que tinha sido preso aqui trazendo bilhetes, umas coisas assim, e que havia sido dito que era pra estourar metrô, esse monte de coisa. Ele sabia. Foi filmado e gravado isso, que eu tinha me colocado exatamente contra esse tipo de terrorismo. Só que ele não falou nada. Fizeram uma... uma sindicância, e veio mais um ano de RDD pra mim aqui devido a esse fato, mesmo eles tendo a fita com a minha imagem negando que eu era contra essa situação."(...) "Doutor, o senhor sabe que o senhor tá sendo injusto em fazer isso comigo, em me acusar dessa forma, sem me dar nenhuma chance de defesa, e o senhor sabe também, pelas gravações, que eu sou inocente dessa situação e que eu tô pagando por mais um ano de RDD".

"...Quanto, dessa vez, pro senhor me inocentar, mesmo que seja...Só quero a verdade dos fatos. Eu quero que o senhor coloque no papel que eu me posicionei contra".
"...Ai ele pediu 45 mil reais. Foi entregue pra uma investigadora de nome Sheila, pra que entregasse pra ele, ai ele deu esse documento, esse documento que diz, depois de 6 meses que eu já tinha sido condenado a tirar um ano..."
"Ai ele me deu esse documento - eu tive que pagar por ele, embora fosse verdade -, pra que eu saísse daqui. E eu sai, porque esse documento foi apresentado em juízo".

Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola). Sobre sua chegada na Penitenciária Presidente Venceslau II onde ficou no RDD. Depoimento na CPI das armas em 08/06/2006.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Música - Tecla Pause - Facção Central

Música --> Tecla Pause, com algumas observações que fiz de acordo com minha interpretação. Pra quem curte o som do Facção e já viaja nessas letra. Essa é o sobre a mazelas que nos cercam, nós residentes da favela e suas áreas adjacentes periféricas, ou melhor, sobre o poder de apertar o pause em diversas situações onde alguns, com esse poder, reescreveria uma história mais justa e igualitária, outros (a classe dominante "civilizada") apenas apertariam o play e dariam continuidade à suas equações desonestas.

Álbum O Espetáculo do Circo dos Horrores - FACÇÃO CENTRAL

Queria reescrever a sinopse do drama, sem desfibrilador ressuscitando na ambulância.
Fazer um São Cosme e Damião, sem 357(revolver, calibre) bomba só de chocolate e pé de moleque
Apertar a tecla pause no momento mágico, no beijo em quem se ama, na hora do orgasmo.
Tirar do DP o alfinete espetado (modo de tortura utilizado pelos gambé, por exemplo: entre as unhas), (e) no meu bairro, o ponto geográfico, mais problemático.
Cansei de ser tese no seminário do reverendo (sobre igrejas, que usam de nossa situação para nos dominar travestidos de bonzinhos, lucrando com nossa desgraça), implorando morfina (pra aliviar dores) no balão de oxigênio.
Exigindo blindado, que o Garra se afaste, helicóptero pra fuga no campo de marte. (imaginei uma situação de fuga quando se está encurralado com o refém, um pause também pra essa necessidade)
Os que brincavam de dirigir no fusca abandonado, vi de unha preta lábios roxos, entre Orquídeas e cravos. (<--- consequência --->) È o preço pro transatlântico em Búzios, Parati, pra por na Black Bird(talvez um avião particular), puta do shopping Iguatemi.
Quem bate palma no portão pra pedir comida, se articula e imita a milícia Taliban, Eta, lra. (quem vive numa situação adversa a saída é se organizar, identificar o inimigo, e juntar forças contra ele.)
Bafômetro na cia que os drinks (referencia aos gringos) tão chapando, apontam o Brasil como potência em 15 anos. (tão pirados mesmo, porque) Não me viram pagando pros gambés uma CB (moto/ ou um valor equivalente), pra na audiência se contradizer e o juiz me absolver.
O veterinário abrindo a barriga do bulldog, pra coca passar na alfândega dentro do filhote.
Ou o traficante assando o coração na fogueira, do vapor que usou a droga e no lugar pois maizena.
Vi Rodin (um artista) na estátua O Pensador na prisão, fazendo caravela com emblema do timão. (enxergou potencial de um grande artista, ou uma grande obra, nos aprisionadxs fazendo artesanatos na penitenciária)... (com intuito de querer apenas segrega-lxs e excluí-lxs o país perde muito por ter essa visão lacrada de não aproveitar talentos)

Confesso ainda não aprendi a amar os inimigos, mas aperto sua mão pra subtrair um tiro.
Queria uma nave pra levar as crianças pro espaço e só trazer quando os homens já tivessem se matado.
(refrão)
Queria o poder de apertar a tecla pause, antes do choque no Denarc, da pedra de crack.
Queria o poder de apertar a tecla pause, antes da 9 mandar miolos, pá, pá, pelos ares.

A burocracia me impede de ter porte de arma, mas a Taurus na manga tem uma carta. --> O Paraguai 
pra eu buscar pela ponte da amizade, assim o escrivão tem os ossos triturados da face.
Doutor, não é pra defesa seu oitão registrado, é pra furar sua massa encefálica (na cabeça) e acabar no barraco. (as armas chegam na periferia depois de uns crime já, daí numeração raspada... na periferia não se fabrica armas)
Aproveito o tour no Mercosul pra sacar no Chile, se o bancário pôs no 24 horas o chip.
Administração de empresas, aula prática pro que cata o pc da aula e priva o morro da informática.
Ou tem surto consumista e morre, dando goela, faz um banco e cola de Mustang na favela.
Acreditavam que em 2000 moraríamos na lua, hoje o carro não voa e sem Porto (deve se referir à empresa de seguros) nem sai na rua.
Hoje tem cana (policia - gíria em espanhol) disfarçada de puta na campana, dá o cu por informação e os 5 do programa.
Carregam a cruz até Aparecida Do Norte, se o explosivo em gel abrir o vigia e o carro forte. (pode ser um gesto de agradecimento)
Dom Pedro disse independência ou morte, surfo no tsunami, pra não cumprir ordem.
(a convivência nas ruas nos faz ver várias fitas -->)A rua aguça o seu 6º sentido, sou detector de mentira, vejo a áurea do inimigo. Não acredito que haja mais Betinho, Chico Mendes, porque só trombo Pinochet na minha frente. (com base nessas vivencias a experiencia aumenta pra descola a real intenção das pessoa)
(e ainda sobre estarmos avançados--->)Tô onde a firma economiza antena pra Yamaha, com a cabeça do moto boy no cerol decaptada.
Por lucro dão cirrose de smirnof a playboy tira estria da vaca no Photoshop
Queria rebobinar a fita, apertar o play de novo, sem Dp da mulher (com) maxilar deslocado no soco.
Sem Tim torpedo pro X (na cadeia), vindo do QG da quadrilha, cusão se enforca hoje ou metralho sua família.

Queria o poder de apertar a tecla pause, antes do choque no

Denarc, da pedra de crack.

Queria o poder de apertar a tecla pause, antes da 9 mandar miolos, pá, pá, pelos ares.



Outras do Facção:
Música - Homenagem Póstuma - Facção Central
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/musica-homenagem-postuma-faccao-central.html

Música - Aonde o filho chora e a mãe não vê
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/06/musica-aonde-o-filho-chora-e-mae-nao-ve.html

Roleta Macabra FC- letra com observações
http://spqvcnaove.blogspot.com.br/2014/07/roleta-macabra-fc-letra-com-observacoes.html