segunda-feira, 29 de julho de 2013

Distrito Grajau

                        Distrito Grajau

                                                                                                                        Miguel Angelo

O distrito do Grajaú, zona sul da cidade de São Paulo, é o terceiro maior distrito em tamanho territorial (92 km²) e o mais populoso da cidade (360.787 mil hab.) (PREFEITURA DE SÃO PAULO 2010) com uma taxa de crescimento populacional de 0,79 entre 2000 e 2010 (IBGE 2010), é considerado um distrito predominantemente pobre; tem apenas 39% de seus domicílios ligados a rede geral de esgotamento sanitário; está entre os distritos com maior necessidade de saúde (ATLAS DA SAÚDE 2011); tem uma renda per capita de R$ 450,7, sendo o 4% mais pobre no lado sul; e em média 8,18% das mulheres são mães antes dos 18 anos de idade (SEADE 2013). A ocupação é dos anos 50 e 60 (séc. XX). Com a instalação do polo industrial de Santo Amaro ocorre o aumento da oferta de emprego e de terras abaixo custo culminando em um aumento populacional no lado sul; entre 1991 a 2000 aumentou 180% a ocupação na área urbana e em torno 410% a ocupação na área rural, tendo 73 favelas, o terceiro distrito, proporcionalmente, com mais favelas e mais moradores por domicílio (6) na zona sul, (SEHAB/ HABI  2008) ; havia em 2000 mais de 3 mil famílias sem habitação no distrito (SEADE 2000) . É considerado um distrito ilegal, já que boa parte dos moradores não possui escritura de posse e irregular por estar encima de uma área de manancial. Logo, existe um conflito que se põe já no primeiro momento, de fundação mesmo do território. (COLETIVO IMARGEM 2007).  Nos últimos anos, como em boa parte do país, observou-se uma melhoria dos indicadores de saúde, tais como uma queda de 59,9% na mortalidade de jovens, de 83,3% nas mortalidades por agressão, de 19,3% na mortalidade infantil, de 25,4% na fecundidade e de 1% na taxa de mortalidade por AIDS e demais doenças infecciosas no período de 2000 a 2010 (SEADE 2013).
Apenas algo em torno 40% dos negros no Grajaú trabalha com carteira assinada (Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais – Rais 2010), o analfabetismo atinge mais de 25% da população, com uma queda de 10% nos últimos dez anos, porém ainda é o terceiro distrito da região no ranking do analfabetismo e ainda tem menos de 10% das crianças entre 0-6 anos matriculadas em estabelecimentos escolares e creches. Tem apenas um Hospital  com apenas 240 leitos disponíveis para a população.

O conflito, constitutivo da organização do Distrito, amplia-se, portanto, considerando a construção político-social do local, empobrecido, situado na transição urbano-rural e marcado pela violência.

A cena cultural é forte com presença marcante do rap, graffiti, pixo, skate, por exemplo, que, entre outros, dão um caráter super original ao Hip Hop local; bonés, camiseta e calça larga, cabelo trançado, Black ou dred contrastam com outros estilos presentes como o punk. Em um lugar onde o Estado parece não estar a cultura local que funciona como enclave aos excluídos que, como eu, acabam por ter fortalecida a autoestima e perspectiva.
Cocainha e BNH é a vanguarda do rap do distrito que, tanto no rap como no pixo entre outros, dão vida ao ambiente. Com o surgimento do VAI (Valorização de Iniciativas Culturais- Projeto da Secretaria Municipal de Cultura) o cenário pegou mais fogo ainda e a galera vem produzindo realidades cada vez mais inovadoras nas nossas quebradas. Longe de ser uma panaceia, o projeto faz parte de uma estrutura que cada ator, e são muitos, precisava para mostrar sua arte com elementos marcantes de uma cultura local territorializada que dialoga diretamente com a comunidade, é como se a profecia de Milton Santos estivesse se concretizando;
No fundo, a questão da escassez aparece outra vez como central. Os ‘de baixo’ não dispõem de meios (materiais e outros) para participar plenamente da cultura moderna de massas. Mas sua cultura, por ser baseada no território, no trabalho e no cotidiano, ganha a força necessária para deformar, ali mesmo, o impacto da cultura de massas. Gente junta cria cultura e, paralelamente, cria uma economia territorializada, uma cultura territorializada, um discurso territorializado, uma política territorializada. Essa cultura da vizinhança valoriza, ao mesmo tempo, a experiência da escassez e a experiência da convivência e da solidariedade. E desse modo que, gerada de dentro, essa cultura endógena impõe-se como um alimento da política dos pobres, que se dá independentemente e acima dos partidos e das organizações. Tal cultura realiza-se segundo níveis mais baixos de técnica, de capital e de organização, daí suas formas típicas de criação. Isto seria, aparentemente, uma fraqueza, mas na realidade é uma força, já que se realiza, desse modo, uma integração orgânica com o território dos pobres e o seu conteúdo humano. Daí a expressividade dos seus símbolos, manifestados na fala, na música e na riqueza das formas de intercurso e solidariedade entre as pessoas:; E tudo isso evolui de modo inseparável, o que assegura a permanência do movimento”.
                                               MILTON SANTOS- POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO 2001
Uma das paradas mais incríveis do Grajaú é isso, tipo sair no role e se deparar com os manos mandando um free-stile. A viva pulsa em meio às contradições provocadas pelo desenvolvimento capitalista que o país vem passando, mas só AO VIVO prá saber.
Sabendo da incapacidade em falar sobre todas as ações no graja, deixou aqui um fragmento de meu Diário de Campo de uma pesquisa que venho desenvolvendo atualmente visando conhecer melhor esse mundo que é nosso distrito;
11/5/2013
Estive acompanhado da jornalista Beatriz Marinelli no lançamento do CD do grupo arte rima em uma praça entre a Rua Alba Valdez e a Rua Juvenal Crem, é o famigerado “Miolo da Favela” no Jd Reimberg. O evento foi organizado pelo coletivo Xemalami e apoiadores, e teve ainda a apresentação do grupo Monkey’s THC, um espaço para a prática de xadrez e exposição de produções possibilitadas por atores locais. Foi promovido um desafio também com premiação e tudo.
O coletivo Xemalami - Xeque Mate La Mission – foi criado em 2000 no distrito do Grajaú, e é herdeiro de vastas articulações anteriores como o Pacto Latino, um dos pioneiros da cena Hip Hop por essas bandas. Importante lembrar que o Xemalami começa apenas como um coletivo de xadrez é em 2005 que irá se tornar também um grupo de rap. Mas é esse elemento basilar, o xadrez, que norteia as articulações do coletivo, é a concepção para além do esporte, diria que como proposta a produção de novos significados a partir dos encontros. Em 2007 o coletivo escreveu para o VAI (Valorização de Iniciativas Culturais- Projeto da Secretaria Municipal de Cultura) propondo realizar um desafio de xadrez na rua, com tabuleiro e peças em maior escala. Desde então o coletivo mantém suas ações. Hoje, com ou sem os incentivos de editais. Drezz, membro mc do coletivo, me falou um pouco sobre o espaço;
“A ideia hoje é promover os grupos de rap que vem fortalecendo conosco. Vai ter um desafio de xadrez feminino e a apresentação dos Monkey’s THC que é os mano de Parelheiros, que vão lançar um promo (famigerado demo tape) e o art rima que acabou de gravar seu primeiro CD. Tá bem difícil agilizar as paradas por agora, fizemos um corre pra descolar as duas extensões pra garantir o som, deve até uns mano que colou com grana mesmo prá fortalecer, quatrocentos conto e pá. Mas tamo levando, né? Rola uma articulação com a escola ali (apontou na direção do EMEI Grajaú, fica a alguns metros da praça onde estávamos), mas é bem difícil, tem uns preconceitos e muitas vezes os caras não querem reconhecer nosso trabalho (em outra oportunidade, Drezz havia dito que o trabalho com o xadrez vinha potencializando o desempenho das crianças em matemática e o interesse na escola), a ideia é fazer uma ponte, tá ligado?”

Comentei sobre a fala do prefeito no dia 22 último sobre essa questão, o reconhecimento dela e a proposta de fortalecer a disputa pelo espaço local, no encontro com setores do movimento Hip Hop. Meneou a cabeça ceticamente;

“Vamos continuar, independente vamos continuar” e prosseguiu;

“Olha ali, o mano ali tá mandando uma pintura prá expor ô”

Um jovem, não mais que vinte e cinco anos, pintava uma árvore em uma espécie de tela banner, o curioso daquilo foi visualizar ali uma pintura que me lembrava mais um quadro a óleo do que um grafitti, bem diferente das intervenções com spray que observei no Campeonato de Skate na semana passada.

“Agora passa um pano ali”.

Apontou na direção inversa onde observei um tabuleiro de xadrez com as peças sob um suporte de madeira.

“Aquela parada ali veio da África do Sul, o irmão ali trouxe só pra expor aqui pra gente. Passa um pano lá depois, é o mesmo jogo, mas a simbologia é outra”.

Achei a informação primordial, me aproximou da compreensão que o coletivo tem do xadrez “para além dos muros, para além do esporte” como pensam. Posteriormente fomos observar de perto, Renan falou um pouco sobre;

 “Um mano trouxe da Cidade do Cabo, ta ligado?”.

            Beatriz me mostrou o detalhe das peças. Realmente cada peça apresentava um desenho bem diferente daquele observado no modelo ocidental.

“Então, ele é todo detalhado mesmo, na parte de baixo também tem a representação dos maiores animais da cultura de lá. Aqui ô, esse Búfalo, o Guepardo... são da cultura de lá”.

Para financiar o evento os apoiadores montaram pequenas mesas onde comercializavam trufas, artigos hippies e bebidas alcoólicas. Compramos duas cervejas e nos sentamos na grama enquanto uma Dj da região mesclava gangsta rap, com reggae e ragga. Beatriz me chamou a atenção quanto à força que identidade visual tinha no ambiente “Olha aquelas meninas ali, parecem iguais”.

Drezz pegou o microfone para dar inicio ao desafio de xadrez; “Cola ai, cola ai, cadê as mina?”. Uma criança se apresentou prontamente, usava um boné aba reta, camiseta e calça larga, e o clássico tênis Adidas, tínhamos a observado pouco antes jogando com um garoto aparentemente da mesma idade. Drezz prosseguiu; “Aeee, não têm mais ninguém? Ae, cadê as mina pra fortalecer? Aqui ô, vai rolar uns prêmios também. Vai rolar uma camiseta bem loca que as mina ali fortaleceu, e esse boné aqui. Tem um CD do art rima e dos Monkey’s THC também”.

Um tabuleiro de escala maior, em torno de um metro em meio, foi colocado de pé. As peças se fixavam nele como se fossem imãs de geladeira, assim todos poderiam acompanhar a partida enquanto Drezz narrava demonstrando amplo conhecimento das regras e jogadas. Por fim a única “mina” que se prontificou a jogar, também ganhou sozinha demonstrando como dar um mate em duas jogadas.

Enquanto os The Monkeys THC se preparavam, Drezz passava ao público a proposta do evento; “O nosso objetivo aqui é ocupar o espaço público, tá ligado? Mostrar que mesmo em um sistema capitalista perverso que nos oprime podemos lutar através das transformações aqui mesmo, na solidariedade e companheirismo para com o outro, tá ligado? Isso também é revolução”.

Um dos integrantes do art rima, veio até nós com o cd do grupo;

“Então mano, tamo ai com esse trabalho, é o primeiro, com quatorze faixas e pá”.

Peguei prontamente o cd enquanto comentava o quanto me impressionei com o trabalho do grupo na semana anterior. Questionei o valor;

“Cinco conto mano, são catorze faixas com produção do Esze”.

Esze Doins é um produtor local, produz uma grande parcela dos grupos do distrito e é integrante do grupo Clube do Berro.

O material era bem simples, uma mídia gravavel não impressa com uma capa em papel cartão com uma arte bem elaborada que consistia de um jovem negro com feição preocupada e correndo, tênis manchado de tinta spray, calças Jens, camisa polo listrada e de mochila, de um lado escapava o spray de uma mão e um microfone de outra, da mochila, com o zíper principal aberto, era visível um rolinho de pintor, usava Black Power e dos olhos brotavam um feixe de luz vermelho, cor em contraste com o roxo de fundo, abaixo à esquerda o nome do grupo com o título do trabalho “Rumo da Vida”.

Peguei, ele agradeceu e pediu para ficarmos até a apresentação do grupo em uma hora, já era em torno de 21: 30h, não prometi justificando que era uma boa caminhada até o ônibus, fora a Beatriz que estava a umas 2 horas da Vila Maria, onde reside.

“Pode pá, mas cola no Niggaz dia 24, firme?”

Niggaz é um evento em memória do graffiteiro da região Alexandre da Hora, falecido em Maio de 2003 aos 21 anos. 

Assenti positivamente, ainda tínhamos uns trinta minutos de campo. Drezz anunciou os Monkeys THC e resolvemos nos adiantar até tenda na frente da qual se apresentam os grupos.

Chamou-me a atenção o grupo possuir um baixista, um baixista punk, Jens rasgado nos joelhos, tênis All Stars, na correia do baixo havia um suástica sendo atravessado por uma faixa vermelha indicando anti nazismo. Chamou-me atenção também parte do conteúdo de determinada canção, Loucomotiva, que fazia uma critica comportamental se contrapondo à pregação do funk carioca, famigerado proibidão;

"Enquanto vários faz os corre prá que tudo de certo, o outro só ti atrasa mesmo pagando veneno. Deixa de se Zé e acorda prá vida. Vida que eu falo não é rolê, droga e as novinha."

Beatriz me chamou a atenção também para outra canção, Malacocaco. Questionou-me o significado de malaco e macaco para aquela música. De imediato coloquei respondi malaco como esperto, vivido, e macaco ali pra mim se referia a uma pessoa que possui as qualidades do mesmo, inteligência, desconfiança etc. Porém, ao escutar novamente aquela canção vi que aparentemente a coisa era um passo além de significar os termos ser um Malacocaco era uma espécie de evolução adaptativa para viver na selva de pedra. No rap já ouvi teorizações negativas e positivas tanto para malaco como para macaco, Malacocaco era novo, mas não a ideia de que o periférico e o playboy são espécies que diferem, veja que interessante a teorização do rapper Eduardo em seu livro “A guerra não declarada na visão de um favelado”;

“As noções de valores ao ser despertada durante o processo evolutivo, criou um bifurcação que dividiu os Homo sapiens. Essa divisão, na minha modesta opinião, mais do que provocar uma desagregação fundamentada em condições econômicas, deu origem a dois conjuntos de humanos biologicamente dessemelhantes: as pessoas normais e os maníacos por papel moeda! Seguindo o conceito de Darwin, aqueles que se tornaram compulsivos por riquezas, passaram às suas futuras gerações o maldito vício por posses, já os que não foram dominados pela avidez patológica por dinheiro, transmitiram aos seus descendentes um desejo de consumo extremamente mais moderado. Este racha evolutivo fez com que os cativos da penúria se tornassem pessoas infectadas pela ganância primária, aquela que almeja comer bem, se vestir bem, morar bem, etc, ao tempo em que os nobres se transformaram em corpos gangrenados pela cobiça desenfreada por supremacia. Nós, os habitantes das favelas e bairros periféricos, nos mantivemos na condição de Homo sapiens, enquanto os corrompidos pelo tilintar das pepitas de ouro, involuíram para uma nova categoria, a qual eu tenho a desonra de batizar neste livro com o nome de: HOMO MONEY!” (TADDEO 2013)
           

            22h, hora de partir, dia pós dia a periferia e sua convulsão cultural me afeta subvertendo pré-conceitos e barreiras físicas e psicológicas.







Em A IDEIA DE PROGRESSO, essa ideia é problematizada, não no sentido de negação – pensando o termo utilizado no sentido de excluir essa possibilidade, mas;

“... o desenvolvimento dos conhecimentos pré-históricos arqueológicos tende a desdobrar no espaço formas de civilização que éramos levados a imaginar como escalonadas no tempo. Isto significa duas coisas: inicialmente, que o “progresso” - se é que esse termo ainda convém para designar uma realidade bem diferente daquela à qual nos dedicáramos inicialmente – não é nem necessário, nem contínuo; procede por saltos, pulos, ou, não consistem em sempre ir além da mesma direção; acompanham-se de mudanças de orientação, um pouco à moda do cavalo do xadrez, que tem sempre diversas progressões à sua disposição, mas nunca no mesmo sentido”. Raça e História – Claude Lévi – Strauss

Este distrito situado na Zona Sul abrange os bairros de:
Bororé, Cantinho do Céu, Chácara Cocaia, Chácara das Corujas, Chácara do Sol, Chácara Gaivotas, Chácara Lagoinha, Chácara Santo Amaro, Cidade Luz, Cipó do Meio, Colônia,  Condomínio Jequirituba,Conjunto Habitacional Brigadeiro Faria Lima,Grajaú,Jardim Almeida Prado, Jardim Alvorada, Jardim Arco-íris, Jardim Belcito, Jardim Borba Gato,Jardim Campinas,Jardim Castro Alves, Jardim das Pedras, Jardim dos Manacás,Jardim Edda, Jardim Edi,Jardim Eliana,Jardim Ellus, Jardim Icaraí, Jardim Itajaí, Jardim Itatiáia, Jardim Jaú, Jardim Labitary, Jardim Lucélia, Jardim Marilda, Jardim Marisa, Jardim Mirna,Jardim Monte Alegre, Jardim Myrna, Jardim Myrna II,Jardim Noronha, Jardim Nossa Senhora Aparecida, Jardim Nova Tereza, Jardim Novo Horizonte, Jardim Novo Jaú, Jardim Novo Lar, Jardim Orbam, Jardim Planalto Jardim, Recanto do Sol, Jardim Reimberg, Jardim Sabiá Jardim Sabiá II,Jardim Salinas, Jardim Samara, Jardim Samas,Jardim Santa Bárbara, Jardim Santa Fé, Jardim Santa Francisca,Jardim Santa Francisca Cabrini, Jardim Santa Tereza, Jardim São Bernardo, Jardim São Judas Tadeu, Jardim São Pedro, Jardim São Remo, Jardim Shangrilá, Jardim Sipramar, Jardim Tanay, Jardim Três Corações, Jardim Varginha, Jardim Zilda, Parada Cinquenta e Sete, Parque América, Parque Brasil, Parque Cocaia, Parque Deizy, Parque Grajaú, Parque Manacá, Parque Novo Grajaú, Parque Planalto, Parque Residencial Cocaia, Parque Residencial dos Lagos, Parque São José, Parque São Miguel,Parque São Paulo, Parque Shangrilá, Recanto Marisa, Residencial Palmares, Sítio Cocaia, Toca do Tatu, Vila Brasília, Vila Morais Prado, Vila Narciso, Vila Nascente, Vila Natal.



2 comentários: